Debate: A Questão Educativa: do básico ao superior
Com Manuel Alegre, António Nóvoa, Rosário Gama, Paulo Guinote e Nuno David
Poderá a questão educativa custar a maioria absoluta ao PS? As políticas educativas, do básico ao superior, estão na ordem do dia. Enquanto a Ministra da Educação se desdobra em declarações e os sindicatos ameaçam com paralisação total, a ruptura total entre professores e governo parece estar à vista, inviabilizando qualquer resolução positiva da questão educativa e dos modelos de avaliação de docentes. Entretanto, as críticas à Ministra parecem crescer de forma insustentável, em diversos sectores da sociedade, inclusive de dentro do próprio PS. Pode um ministério, em conflito aberto com a esmagadora maioria dos professores, liderar a condução de qualquer política construtiva até ao fim da legislatura?
Em declarações recentes, Manuel Alegre afirma que a Escola Pública não pode trabalhar para as estatísticas. Para Alegre, a atitude da Ministra após a manifestação reflecte reduzida cultura democrática, mostrando-se chocado com as suas declarações da Ministra após uma manifestação que reuniu mais de cem mil professores. Rosário Gama, militante do PS e Presidente da Escola Secundária Infanta Dona Maria -- a escola pública melhor classificada nos rankings -- critica energicamente o modelo de avaliação e afirma que o governo confundiu a maioria absoluta com o poder absoluto. Entretanto, o blogue do professor Paulo Guinote -- um autêntico portal de políticas educativas e crítico das políticas da ministra -- torna-se o blogue mais visto da blogosfera.
Mas no plano do ensino superior os dias não são menos pacíficos. Enquanto antigos Reitores alertam para a ruptura financeira e criticam o modelo de financiamento das Universidade, Mariano Gago afirma que "Universidades têm maus gestores" (Publico, 11/11), indiciando uma estratégia de confrontação crescente com as Universidades e com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.
Existe na sociedade portuguesa uma "Questão Educativa"?
O estado e o futuro da educação em Portugal é o tema de debate e lançamento do número 2 da revista ops!, com Manuel Alegre, António Nóvoa, Rosário Gama e Paulo Guinote. Neste número, que conta com um editorial de Alegre dedicado à educação, inclui-se uma entrevista de Seabra Santos (Presidente do CRUP) sobre as políticas do governo para o ensino superior.
Escrevem neste número diversos professores, investigadores, actores institucionais e deputados, como Manuel Alegre, Rosário Gama, Paulo Guinote, Alberto Amaral, Elísio Estanque, Nuno David, Francisco Alegre Duarte, Almerindo Afonso, Jorge Martins, Ana Benavente, António Magalhães, José Castro Caldas, Licínio Lima, Luis Tito, Maria José Gama, Paulo Peixoto, Sérgio Pessoa, Pedro Tito Morais, Stuart Holland, Teresa Carla, Teresa Portugal, Carlos Afonso, e ainda vários depoimentos de professores.
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