quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

SIC "Nós por cá"- Louvor na GNR..... ou como ir a cabo sem me chatear muito!!!

Avaliadora avaliada - Ministra avaliada por Mário Crespo


Avaliadora avaliada

Mário Crespo, Jornal de Notícias de 29/12/08



Porque a realidade excede os meus dotes ficcionais, esta Ficha de Avaliação da Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, assenta nos critérios seguidos pelo seu Ministério incluindo, a terminologia usada na avaliação de docentes, o número de alíneas e a bitola de classificação.

Níveis de Pontuação: Mínimo 3, máximo 10.

A - Preparação e execução de actividades.

A - 1 Correcção científico-pedagógica e didáctica da planificação.

Classificação obtida - Nível 3

(Não efectuou as reformas previstas no Programa do Governo por falta de trabalho preparatório. As cenas de pugilato, luta greco-romana e intimidação por arma de fogo simulada nas áreas que lhe foram confiadas vão originar um aumento significativo da despesa pública com a contratação à Blackwater (por ajuste directo) de um mercenário israelita por cada sala de aula e dois nas salas dependentes da DREN).

A - 2 Adequação de estratégias.

Classificação obtida - Nível 3

(Não definiu linhas de rumo nem planos de acção que permitissem concretizar a missão delineada, usando como benchmarking nacional os parâmetros seguidos no sistema educativo da Faixa de Gaza.)

A - 3 Adaptação da planificação e das estratégias.

Classificação obtida - Nível 3

(Não obteve eficácia aferível em três anos de actividade, consumindo no processo a maior parcela de verba pública atribuída a um Ministério. Insistiu em manter o organograma dos seus serviços (em particular da DREN) inspirado no modelo das Tentações de Santo Antão de Jeronimus Bosh).

A - 4 Diversidade, adequação e correcção científico-pedagógica das metodologias e recursos utilizados.

Classificação obtida - Nível 3

(A observação empírica dos resultados é indiciária de um inadequado e/ou incorrecto aproveitamento de recursos disponibilizados em sucessivos Orçamentos de Estado em tal monta que fazem o BPP parecer uma operação rentável. Adicionalmente, o seu Ministério atingiu tal desordem que faz a Assembleia Geral do Benfica parecer um retiro de monges Cartuxos).

B - Realização de actividades.

Classificação obtida - Nível 3

(A avaliação conclui que à incapacidade da avaliada na "promoção de clima favorável" se junta a insuficiência de valências de conhecimentos gerais essenciais, como o atesta a confusão que fez a 23 de Junho de 2005 pp. em entrevista televisionada, falhando na distinção entre "República" e "Governo da República". Isto deu novas dimensões ao Estatuto da Autonomia dos Açores e inspirou o Chefe do Estado a crescentes afrontas à vontade do Parlamento com graves e desgastantes consequências para o executivo.

Nas secções C e D da Ficha de Avaliação do Ministério da Educação, nos quatro subgrupos, a avaliada obteve oito classificações de Nível 3, pelo que, feita a média aritmética dos dezasseis parâmetros cotados lhe é atribuída a classificação geral de Insuficiente. Recomenda-se que sejam propostas à Doutora Maria de Lurdes Rodrigues as seguintes opções: integrar o quadro de mobilidade especial até colocação em Baucau; frequentar um curso das Novas Oportunidades e/ou filiar-se no Movimento Esperança Portugal; aceitar o 12º lugar na lista de espera para o próximo Conselho de Administração da FLAD; frequentar o curso de formação do INA - Limites da Autonomia Regional; ser animadora de As Tardes de Maria de Lurdes na RTP África; integrar a quota ainda disponível para antigos executivos socialistas na Mota Engil, Iberdrola ou BCP.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Não comprem livros de Inês Pedrosa

Carta aberta (e sem selo) ao senhor Primeiro-Ministro, Engenheiro José Sócrates

Senhor primeiro-ministro, amigo Zé, pá...

Já deu para ver que, no estado em que as coisas estão, há que sacar dinheiro ao pessoal de qualquer maneira. E como aumentar mais uma vez os impostos dava muito nas vistas,
agora até na praia, o chamado mergulho de chapão com bandeira amarela ou mesmo uma simples entrada em água com bandeira vermelha, dá para colocar uma quantia valente (de 55 a mil euros) nos depauperados cofres do estado .

Caramba, porque é que não disseste mais cedo, Socas? Ora aqui o teu muito patriota amigo não quer que penses em mais estratagemas deste tipo e envia-te uma singela lista de coisas que ainda não pagam multa, mas que com a tua ajuda e com alguém que te prepare a legislação, é só meter no Diário da República e vais ver que o défice das contas estatais se esfuma num instante. E ainda se ajuda a tornar o nosso Portugal num país mais bonito, como bónus. Ora cá vai disto:

LISTA DE COISAS A TAXAR (em breve)


- Uso de meia branca com sapatinho escuro (cem a mil euros)
- Bigode à futebolista dos anos oitenta (duzentos a 2000 euros)
- Coçar os genitais em público (150 a 1500 euros)
- Utilização do colete reflector nas costas do banco do condutor (120 a 1200 euros)
- Passear de fato de treino por centros comerciais ao fim de semana (quatrocentos a 4000 euros)
- Raparigas com excesso de peso envergando roupa apertadíssima (1300 a 13000 euros)
- Uso de óculos de sol em discotecas e restaurantes (quinhentos a 5000 euros)
- Utilização das expressões prontos, portantos, stander de automóves etc... (140 a 1400 euros)
- Uso de sandália com peúga (trezentos a 3000 euros)

Pronto, cá está, Socas, usa e abusa. Quem é amigo, quem é?

A resposta que a DGRHE merece: grande professora...com P maiúsculo



Ex.mos Srs.

Sou professora há vinte e oito anos. Durante todos estes anos não tive o prazer de receber uma única carta (a Internet é uma invenção recente) nem um e-mail dos vossos serviços, excepto quando fui convidada pelo então ministro David Justino para participar nos Encontros de Caparide, sobre os novos programas de Português. Este convite deveu-se ao facto da minha escola ter estado durante cinco anos consecutivos nos cinco primeiros lugares dos Rankings dos Exames Nacionais do Ensino Secundário e de eu ser uma das professoras responsáveis pelos resultados. De repente, recebo duas comunicações endereçadas por noreply a convidar-me a colocar os meus objectivos on-line (provavelmente para me poupar trabalho e para evitar ter que os discutir com a minha avaliadora, conforme a lei obriga) e ainda três esclarecimentos enviados pelos vossos serviços. Assim gostaria de esclarecer que:

1º Não sou loura nem burra;

2º Sei ler e interpretar a legislação, que mal seria se o não fizesse sendo professora de Português, mas, admitindo que o não fosse, tenho amigos e familiares advogados e juízes sempre prontos a esclarecer-me;

3º Desde o concurso para professores titulares, considero que os vossos serviços não merecem a honra de me contactarem nem de receberem uma resposta minha;

4º Durante vinte e oito anos de serviço dediquei a minha vida à escola, e expensas da minha própria família (prescindi mesmo da licença de amamentação do meu filho para orientar estágio, a pedido do Conselho Directivo, por não haver ninguém disponível e para não perdermos o núcleo de estágio);

5º Na escola onde lecciono, a Secundária de Barcelos, dos professores no 9º escalão, só eu e uma colega do mesmo Departamento ocupámos um tão grande número de cargos. Estive durante três mandatos no Conselho Executivo, fui Directora de Turma, orientei o estágio da Universidade Católica de Braga, orientei estágio na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Docente de Apoio Pedagógico), fui Coordenadora dos Directores de Turma, fui Coordenadora de Departamento e de Secção. Dos cargos existentes na escola só não fui Directora da Biblioteca nem doutras instalações, nem pertenci à Assembleia de Escola;

6º Quase todos estes cargos foram exercidos antes de 2000, ficando, por isso, fora dos sete anos escolhidos para a candidatura a Professor Titular (Portugal deve ser o único país em que Curriculum Vitae não significa toda a vida mas apenas sete anos. A propósito, fui confirmar e no meu processo há registo de todos os meus cargos, de todas as minhas faltas, horários de todos os meus anos lectivos ao contrário do que a Sra. Ministra afirmou quando justificou que o concurso só dizia respeito aos últimos sete anos por falta de registos anteriores;

7º Quase me esqueci de mencionar (pois para o Ministério parece ser o menos importante) que fui professora, tenho anos lectivos sem uma única falta, os meus alunos continuam a ser excelentes nos Exames Nacionais, fiz, para me actualizar todas as acções do Projecto Falar sendo, por isso, Professora Acompanhante dos novos programas de Português;

8º Consegui no concurso para Professora Titular 124 pontos mas não tive vaga, pelo que não passo duma mera professora, que nas palavras da Sra. Ministra não pertence ao leque dos professores excelentes que os pais devem ambicionar para os seus filhos. Na minha escola, num outro Departamento, uma colega é Titular com oitenta e poucos pontos, o mesmo acontecendo noutras escolas;

9º Como aparte devo referir que muitos dos meus antigos alunos desejam que eu seja a professora dos filhos, sabe-se lá porquê!

10º Neste momento, de acordo com a lista graduada da minha escola, descobri que estou no limbo (apesar do papa o ter extinguido) pois apenas tenho o meu índice remuneratório, não pertencendo a nenhum escalão;

Assim, e em jeito de conclusão, agradecia que parassem de me enviar e-mails. Para o caso de não lerem este, vou assinalar no meu o vosso endereço como spam evitando assim enervar-me sempre que vejo o vosso contacto.


Sem mais

Ana Maria Bonifácio


Comunicado do PROmova.



PROmova apela à demissão dos conselhos executivos e membros dos CCAD

A associação PROmova divulgou um comunicado que apela à demissão dos conselhos executivos e membros dos conselhos coordenadores da avaliação de desempenho:

"Conselhos Executivos, Coordenadores e Avaliadores que recusam este modelo de avaliação e/ou são pressionados para o implementarem devem tomar a única atitude digna, ou seja, DEMITIREM-SE!

Professores sérios, credíveis e com sentido de justiça não vão querer ficar associados a um modelo absurdo, conflitual e suportado numa decisão leviana e injusta de divisão da carreira. Decerto, não vão querer ser confundidos com o oportunismo e o deslumbramento de uns poucos.

ESTÁ NA HORA DAS DEMISSÕES EM BLOCO. NINGUÉM COLABORA COM QUEM NOS AFRONTA E HUMILHA! NINGUÉM SE VENDE!

Sejam solidários com os colegas a seguir referenciados e sigam-lhes o exemplo de coragem, determinação e coerência.

Os membros da CCAD do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga demitiram-se. Sigam o exemplo!"

Dívida Externa de Portugal $ 415.500.000.000,00

Dívida Externa de Portugal

$ 415.500.000.000,00

SERÁ VERDADE?


DÍVIDA EXTERNA DE PORTUGAL 31/10/2008


$ 415.500.000.000,00
QUATROCENTOS QUINZE MIL MILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE DOLARES
QUATROCENTOS BILIÕES E QUINHENTOS MILHOES DOLARES

É verdade !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Qual déficit nas contas públicas de 3 % , qual quê, isto não é nada !!!!!!!!!!!!!!!!!
Nossos políticos, com a cumplicidade de toda a imprensa portuguesa, enterraram nosso país de vez.
Porque a imprensa económica não divulga a realidade de nosso país ?
Porque pertencem à mesma MÁFIA que governa nossas vidas !!!!!!!
No ano de 2003, nossa dívida externa era de 13,1 mil milhões de dólares. Hoje, no ano de 2008, nossa dívida externa é de 415 mil milhões de dólares.

Dívida externa: $ 415 bilhões de dólares (30 junho 2007)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:



http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=po&v=94&l=pt



http://www.indexmundi.com/pt/portugal/divida_externa.html



http://www.indexmundi.com/g/r.aspx?t=0&v=94&l=pt



http://www.indexmundi.com/pt/portugal




https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2079rank.html





Em um ano (2004) passamos de 13 para 250 mil milhões de dólares !
GOSTARIA DE SABER ONDE FORAM GASTOS 237 MIL MILHÕES DE DOLARES EM UM ANO ( DE
2003 A 2004 ) !!!
Em 2008 nossa dívida externa é de 415 mil milhões de dólares, são 327 mil milhões de euros ao câmbio de hoje.
POR FAVOR, ME ESCLAREÇAM …………….

Gostaria de ser esclarecido pelo poder político, como Portugal irá saldar esta dívida?
Vão aumentar ainda mais os impostos que já pagamos?
Vão contrair outros empréstimos para saldar os actuais?
Quem foi o responsável por este descalabro?
Onde estava a fiscalização da Assembleia da República?
Onde estava a fiscalização do Tribunal de Contas?
EM QUE FORAM GASTOS 415 BILIÕES DE DOLARES EM 5 ANOS ?
NOS ESTADIOS DE FUTEBOL?
NOS DOIS SUBMARINOS DE 1000 MILHÕES DE EUROS ?
NOS 500 MILHÕES DE EUROS GASTOS NOS 40 AVIÕES F-16 DA FORÇA AÉREA ?
NO PERDÃO DA DÍVIDA AOS PAÍSES CORRUPTOS AFRICANOS?
NA GENEROSA E DESINTERESSADA AJUDA A TIMOR ? AJUDA QUE É GERIDA PELO "PADRE VITOR MELÍCIAS".





DÁ VONTADE DE RIR …….....

NA BARRAGEM CAHORA BASSA ? EM QUE PORTUGAL PERDOOU 1,5 MIL MILHÕES DE EUROS A MOÇAMBIQUE !!!!!!!!! E AINDA POR CIMA, MOÇAMBIQUE NÃO IRÁ PAGAR





$ 700.000.000,00 (SETECENTOS MILHÕES DE EUROS) QUE AINDA DEVE A PORTUGAL.
RICOS NEGÓCIOS QUE PORTUGAL FAZ !!!!!!!

ADVINHEM QUEM VAI PAGAR ESTES $ 700.000.000,00 EM FALTA ?

É ISSO MESMO !!!!! SOMOS NÓS, OS OTÁRIOS DOS CONTRIBUINTES PORTUGUESES.

Porque a imprensa económica nunca faz referência à dívida externa de Portugal ?
Cumplicidade é a resposta !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cumplicidade de todos (políticos / imprensa / empresários / governos / bancos). Silêncio ………………

Nós contribuintes portugueses estamos cá para pagar, e bem pago, para sermos escravos de uma classe politica portuguesa corrupta e ineficaz.
As autarquias durante anos se endividaram nos bancos, sem terem condições para o fazer. Foram praças públicas construídas / destruídas / e outra vez reconstruídas. Dinheiro jogado ao lixo, nosso dinheiro !!!!!
Foi o Governo Central, dando subsídios para as Regiões Autónomas, e sendo avalista de empréstimos sem retorno económico possível (Torrar Dinheiro).
Foi a criação de Fundações Públicas que escapam ao controlo do Tribunal de Contas. Sendo estas Fundações um cabide de empregos para: filhos de deputados, presidentes de câmaras, amigos e cúmplices.
NÃO SE ENGANEM ………. TODOS NÓS CONTRIBUINTES PORTUGUESES VAMOS PAGAR
MUITO CARO !!!!!!!!!!!!!!!

Cada português (homem, mulher e criança) deste país, deve





$ 45.100,00 dólares em dívida externa aos bancos internacionais.
$ 45.100,00 dólares correspondem a 35.511,00 euros ao câmbio de hoje (1€ = 1.27 dolares).
Salve-se quem puder …………………………………


UM ABRAÇO DEMOCRATICO.

RAMIRO LOPES ANDRADE

ENGENHEIRO CIVIL
CONTRIBUINTE PORTUGUES
BLOOGE:
ramirolopesandrade.blogspot.com
<
http://ramirolopesandrade.blogspot.com/>
E-MAIL:
provocador.ramiro@hotmail.com
<mailto:
provocador.ramiro@hotmail.com>


DÍVIDA EXTERNA EM BILIÕES DE DÓLARES NO ANO 2008.


NOSSA DÍVIDA EXTERNA É MAIOR QUE A DO BRASIL (230 MIL MILHÕES), E É UM PAÍS MAIOR QUE TODA EUROPA A 27, COM IMENSAS RIQUEZAS NATURAIS.
PORTUGAL NUNCA TERÁ RECURSOS PARA PAGAR 415 MIL MILHÕES DE DÓLARES DE SUA DÍVIDA INTERNACIONAL.




quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Outra ou a mesma?

Cada membro do Governo deu uma média de 78 euros A prenda de Natal que os membros do Governo decidiram dar este ano ao primeiro-ministro foi um cheque-viagem no valor de quatro mil euros, revelou o «Correio da Manhã».
A colecta foi organizada pelo gabinete do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que teve o cuidado de enviar mensagens para todos os ministérios e secretarias de Estado, relembrando a necessidade de casa um dar a sua contribuição para a prenda natalícia de José Sócrates. Em média cada um terá dado 78 euros, com os secretários de Estado a contribuírem com um pouco menos (cerca de 50 euros).

...era só o que merecia!...

Solta o Pai Natal que há em ti.
Vamos ser mais de 2550.

2550 euros de roupa no sapatinho de Sócrates

Prenda de Natal
2550 euros de roupa no sapatinho de Sócrates
Por Helena Pereira


Governantes ofereceram ao primeiro-ministro um cheque-prenda no valor de cerca 2550 euros de para gastar em roupa. Querem Sócrates ainda mais na moda depois de este ter sido eleito o 6º mais elegante pelo jornal espanhol El Mundo
O primeiro-ministro recebeu hoje um cheque-prenda no valor de cerca de 2550 para gastar na loja Fashion Clinic. Foi a prenda de Natal dos membros do Governo, que entregaram o voucher no almoço que se seguiu ao Conselho de Ministros.
Recorde-se que, no início deste mês, José Sócrates foi eleito pelo diário espanhol El Mundo como o 6º homem mais elegante.
O primeiro lugar coube ao estilista Karl Lagerfeld enquanto o Presidente dos EUA Barack Obama ficou em terceiro lugar.
A prenda dos ministros e secretários de Estado foi uma forma de dizerem a Sócrates que querem que continue na moda no ano eleitoral de 2009.

helena.pereira@sol.pt

domingo, 21 de dezembro de 2008

HORARIOS DE TRABALHO DOS PROFESSORES E EDUCADORES


HORÁRIOS DE TRABALHO DOS PROFESSORES E EDUCADORES

REGRAS E LIMITES LEGALMENTE ESTABELECIDOS
TÊM DE SER CUMPRIDOS E RESPEITADOS

A elaboração dos horários dos professores e educadores tem, este ano, regras e limites legalmente estabelecidos no Despacho n.º 19.117/2008, de 17 de Julho, que, de acordo com informação chegada aos Sindicatos da FENPROF, não estão a ser respeitados em algumas escolas e agrupamentos.

De acordo com o número 2 do artigo 5.º daquele despacho, a componente de trabalho individual dos educadores de infância e dos professores do 1.º Ciclo não poderá ser inferior a 8 horas e a dos docentes dos 2.º e 3.º Ciclos e do Ensino Secundário a 10 ou 11 horas, respectivamente, conforme tenham menos ou mais de 100 alunos.

Refere, ainda, o número 2 do artigo 5.º que aquele é o número mínimo de horas de componente individual, pois deverão ser tidos em conta, para além do critério "número de alunos", outros como o número de turmas e/ou de níveis atribuídos ao docente.

Esclarece-se, por fim, que nas horas de trabalho individual (8, 10 ou 11, conforme antes se referiu) são consideradas horas para reuniões, mas apenas as "que decorram de necessidades ocasionais" (n.º 2 do artigo 2.º do Despacho 19.117/2008, de 17 de Julho).

Em síntese, na elaboração dos horários dos docentes, nunca o conjunto das três componentes poderá ultrapassar as 35 horas semanais, tendo de ser respeitados os seguintes limites e regras legalmente estabelecidos:

— Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico:

· Componente lectiva – 25 horas;

· Componente não lectiva de estabelecimento – máximo de 2 horas;

· Componente de trabalho individual – mínimo de 8 horas*.

— 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário:

· Componente lectiva – entre 22 e 14 horas (de acordo com artigos 77.º e 79.º do ECD);

· Componente não lectiva de estabelecimento – máximo de 2 ou 3 horas (consoante o docente tenha mais ou menos de 100 alunos, a que, apenas, podem acrescer as horas de redução ao abrigo do artigo 79.º do ECD);

· Componente de trabalho individual – mínimo de 11 ou 10 horas* (consoante o docente tenha mais ou menos de 100 alunos).
* Inclui reuniões, mas apenas as "que decorram de necessidades ocasionais"; terão de ser deduzidas as horas referentes a acções de formação contínua, de acordo com artigo 6.º, n.º1, alínea n).

Às horas referidas terão, ainda, de ser deduzidas as correspondentes ao desempenho de cargos e funções na escola, como, por exemplo, direcção de turma, coordenações, funções de avaliador, entre outras… recorda-se, também, que nos termos do artigo 6.º, número 1, alínea n), as horas referentes a acções de formação contínua que tenham carácter obrigatório serão deduzidas na componente não lectiva de estabelecimento.

A FENPROF já teve conhecimento de horários ilegais por violação dos limites e regras consagrados no Despacho n.º 19.117/2008, de 17 de Julho. Assim, sempre que o limite de horas legalmente estabelecido for ultrapassado, os horários deverão ser corrigidos ou, não sendo possível, aos docentes terá de ser pago o correspondente serviço extraordinário.

Neste início de ano lectivo, a FENPROF acompanhará atentamente esta situação e intervirá sempre que em alguma escola ou agrupamento os horários distribuídos aos docentes apresentem ilegalidades. Recorda-se que a aprovação de regras e limites sobre esta matéria resultou de um processo negocial complexo, cujo primeiro momento culminou na assinatura do "Memorando de Entendimento", entre o ME e as Organizações Sindicais, em 17 de Abril passado, na sequência do qual teve lugar a negociação que levou à aprovação do Despacho n.º 19.117/2008, de 17 de Julho.

Os horários de trabalho sobrecarregados, pedagogicamente absurdos e, por vezes, ilegais que surgiram nos três últimos anos lectivos, foram alvo da contestação dos professores e educadores e a sua "regularização" tem sido uma das exigências sindicais. A FENPROF não pactuará com ilegalidades, tanto mais que as regras previstas neste despacho estão ainda longe de corresponder às que, do ponto de vista pedagógico, se recomendariam, tendo em conta todas as responsabilidades que, nas escolas, os docentes são chamados a assumir.

O Secretariado Nacional


MINUTAS DE RECLAMAÇÃO NO CASO DE HORÁRIO ILEGAL:

- Educadores de Infância e professores do 1.º CEB

- Professores dos 2.º e 3.º Ciclos e Ensino Secundário


A campanha eleitoral dos professores contra o PS.


A DERROTA DAS MAIORIAS ABSOLUTAS

O governo governa com a maioria e não com as manifestações da Rua, diz
o Sr. Primeiro Ministro. Na verdade, se o PS não tivesse a maioria, o
Governo nunca teria tido a coragem de insultar os professores, nem de
aprovar o novo estatuto da carreira docente, que é um insulto a quem
presta tão nobre serviço à Nação.
Já foi votada no Parlamente por três vezes a suspensão do novo
estatuto da carreira docente e das três vezes o PS votou contra a
suspensão. As maiorias só favorecem os poderosos, os que trabalham e
que produzem riqueza ou prestam serviços saem sempre a perder. É fácil
para quem tem vencimentos chorudos vir à televisão pedir para que
apertemos o cinto (não é assim, sr. Vitor Constâncio?).


Colegas, chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido
tivesse menos 1% dos votos expressos nas últimas eleições, não teria a
maioria absoluta e nunca teria tido a coragem de promover esta enorme
afronta aos professores. Somos 150.000, o equivalente a 3% dos votos
nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de um
ano, todos os professores votarem em massa em qualquer partido excepto
no PS, este partido nunca mais volta a ter a maioria absoluta e será a
oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas
que ofereceu aos professores. Aliás, o próprio já deu a entender que
nem "se chega à frente" se as sondagens não lhe assegurarem o almejado
"cheque em branco".


Colegas, quem foi capaz de ir do Minho, Trás-os-Montes, Algarve,
Madeira e Açores a Lisboa, também consegue nas próximas legislativas
dirigir-se à sua assembleia de voto e votar a derrota do PS. Em
Portugal há partidos para todos os gostos, quer à direita quer à
esquerda
do PS, é só escolher, maiorias absolutas nunca mais. Os professores,
para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS,
têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que os professores
convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos
maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são
mais de 500.000, foram os votos que o PS teve a mais que a oposição.


Os professores estão pela primeira vez unidos, esta união é para
continuar, e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet,
que nos põe em
contacto permanente uns com os outros.


Senão vejamos, esta mensagem vai ser enviada a cinco colegas. Se cada um
dos colegas enviar a mais cinco dá 25. Se estes enviarem a mais cinco dá 125.

Se estes enviarem a mais cinco dá 625. Se estes enviarem a mais cinco dá 3.125.
Se estes enviarem a mais cinco dá 15.625. Se estes enviarem a mais cinco
dá 78.125. se este enviarem a mais cinco dá 390.625, isto é, o dobro dos
professores que há em Portugal.

À sétima vez que esta mensagem for reenviada todos os colegas ficarão
a saber a informação que ela contém.

Começou oficialmente a campanha eleitoral dos professores contra o PS:

'VOTA À DIREITA OU À ESQUERDA! NÃO VOTES PS!

Reencaminhem para atingir os 150 000 mil professores e educadores.

Governo desrespeita o o direito de maternidade

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

Perante Circular do Governo que desrespeita o Direito de Maternidade:

FENPROF FAZ PROPOSTAS PARA CORRIGIR SITUAÇÃO QUE VIOLA PRECEITO CONSTITUCIONAL

A Circular conjunta n.º 1/DGAEP/DGO/2008, do Ministério das Finanças e da Administração Pública, de 6 de Fevereiro de 2008, sobre "Licença de Maternidade em caso de caducidade da relação jurídica de emprego", reconhece a maternidade e paternidade como um valor social eminente, garantindo que o exercício do direito de maternidade deve ser assegurado na sua plenitude, designadamente através do pagamento da remuneração no período remanescente à cessação do vínculo laboral, sempre que este facto ocorra durante o exercício daquela.

Só que, a mesma circular, estabelece que, no caso de cessação de contrato, só poderá ser estabelecida uma nova relação jurídica de emprego no fim do período da respectiva licença ou em data anterior, se o gozo daquela for feito cessar por declaração expressa, junto do serviço responsável pelo pagamento da remuneração.

Assim, as docentes que tenham cessado contrato com determinada escola em período de licença por maternidade e venham a ser colocadas em outra durante o período remanescente dessa licença vêem-se obrigadas a interrompê-la, ficando, assim, privadas de usufruir de um direito que merece consagração constitucional, ou a recusar a colocação, o que pode valer-lhes uma situação de desemprego. Aconteceu este ano, com uma docente que terminara o seu contrato em 31 de Agosto e deveria celebrar novo contrato em 1 de Setembro.

Esta é uma situação muito penalizadora das docentes. Na verdade, se durante o período remanescente da licença de maternidade é mantida a remuneração, quando esta cessar a docente terá de aguardar por uma nova colocação. Esta poderá não ter lugar ou, tendo, só por pura coincidência será na mesma escola, em horário completo e até final do ano. Mesmo que isso acontecesse, haveria sempre prejuízo na contagem do tempo de serviço.

A manterem-se estas orientações, para a mesma situação (benefício da licença de maternidade), nos seguintes casos, há procedimentos diferentes:

1. A docente que entra em situação de licença depois de celebrado o contrato, poderá usufruir da mesma sem qualquer limitação;

2. A docente que deverá celebrar contrato durante o período de licença é obrigada a optar entre a licença e o emprego;

3. A docente que se encontre nas primeiras seis semanas de licença e que, por força da lei, tem de se manter em situação de licença, perde o direito àquele emprego.

A FENPROF considera que, para os casos descritos em 2 e 3, não pode existir qualquer penalização, nem no que respeita ao gozo da licença de maternidade, nem no que à celebração de contrato diz respeito. Perante esta situação que penaliza trabalhadores por motivo de maternidade, a FENPROF propõe:

1. Alteração do número 3 da Circular conjunta n.º 1/DGAEP/DGO/2008, do Ministério das Finanças e da Administração Pública, de 6 de Fevereiro de 2008, sobre "Licença de Maternidade em caso de caducidade da relação jurídica de emprego", devendo ficar expresso que, em caso de necessidade de nova relação jurídica de emprego, esta estabelecer-se-á desde logo, devendo, contudo, a trabalhadora apresentar-se apenas no fim de período de licença. Até lá, evidentemente, a necessidade deverá ser colmatada pela substituição temporária da trabalhadora.

2. Correcção de todas as situações que, entretanto, se tenham verificado, quer a trabalhadora tenha prescindido da licença, que deverá retomar, quer tenha prescindido de celebrar contrato, que deverá celebrar retroagindo os seus efeitos à data em que deveria ter estabelecido a relação jurídica de emprego.

A FENPROF enviou a exposição da situação e as suas propostas para o Primeiro-Ministro (com conhecimento aos ministros das Finanças, do Trabalho e da Educação); Provedor de Justiça, Grupos Parlamentares do CDS/PP, PSD, PS, PCP, PEV e BE; Comissões Parlamentares de Educação e Ciência, do Trabalho e Administração Pública, dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República; à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e à Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH/CGTP).

O Secretariado Nacional

Inapto



Inapto por Junta Médica

Palavras para quê ??

É um 'artista' português.

O PAÍS INTEIRO

PRECISA DE

SABER.....

Com 46 anos... Inapto por Junta Médica... Hein!... Diz-se ainda que com reforma de 35000 € mensais...O nosso problema continua a ser a distribuição de riqueza...

O problema não está nos funcionários públicos... O tempo o dirá...

Afinal foram são 9732 milhões

As notícias que dão conta da desumanidade das juntas médicas são manifestamente exageradas. Afinal há quem nã se queixe das mesmas.

Ontem mesmo, em carta enviada ao Púlico, Paulo Teixeira Pinto indica que passou 'à situação de reforma em função de relatório de junta médica'.

Certamente ainda mal refeito da forma como foi corrido do BCP e da Opus Dei, este banqueiro de 46 anos foi considerado inapto para o trabalho, apesar de já ter arranjado um cargo numa consultora financeira.

Teixeira Pinto nega ter recebido 10 milhões de euros de 'indemnização pela rescisão do contrato' com o BCP, garantindo que apenas recebeu a 'remuneração total referente ao exercício de 2007': 9.732 milhões de euros em 'compensações' e 'remunerações variáveis'. Estas juntas médicas são as mesmas que recusam reformas a Professores com Cancro.

...mas o Governo não sabe disto ?

Façam andar até isto chegar a alguem decente... OBRIGADO

Governo tenta dividir os professores



Governo aposta tudo na divisão dos professores


NUNO SARAIVA

Educação. O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros a redução do número de professores a avaliar. E prometeu ainda o número de quadros para a docência e subir o ordenado das novas chefias. O objectivo é dividir os professores, antes da greve marcada para 19 de Janeiro. José Sócrates não quer arriscar começar o ano de todas as eleições com nova contestação maciça dos professores

As medidas ontem aprovadas pelo Conselho de Ministros têm um objectivo político claro: dividir os professores e reduzir o número de adesões à greve de 19 de Janeiro. Ao DN, uma fonte governamental garantiu que se trata de "uma rearrumação do tabuleiro de xadrez", em que se joga a batalha com os docentes

A 20 de Novembro, quando saiu do Conselho de Ministros em que anunciou a simplificação do modelo de avaliação dos professores, Maria de Lurdes Rodrigues trazia um semblante carregado. Era uma mulher cansada e desgastada pela pressão da rua, e, como se não bastasse, tinha de despir a capa da intransigência para anunciar mais uma cedência no braço-de--ferro com os professores.

Poucos dias antes, e pela segunda vez em menos de um ano, 120 mil professores tinham desfilado em Lisboa contra o modelo de avaliação.

Duas semanas depois, o Expresso publicou uma sondagem que foi como que um suplemento de alma para a ministra da Educação. Uma maioria significativa dos inquiridos pronunciou--se a favor da avaliação dos docentes. Fonte do Governo garantiu ao DN que "quem a viu por esses dias encontrava uma outra mulher". Aliviada e descontraída, tinha agora o argumento da opinião pública que lhe permitia retomar o discurso de que o Governo não abdica do processo de avaliação.

Nessa altura, intensificaram-se as negociações com sindicatos e conselhos executivos das escolas, sempre sob a orientação política do primeiro--ministro. José Sócrates nunca participou nas reuniões, até para não fragilizar ainda mais a posição da sua ministra da Educação, mas foi sendo informado com detalhe da evolução das negociações.

Ontem, o Conselho de Ministros aprovou um pacote de medidas que configuram uma nova cedência às exigências dos professores: a dispensa de avaliação dos professores que se aposentarem até 2011 e dos contratados que não estejam integrados em qualquer grupo de recrutamento, o alargamento do período de colocações de três para quatro anos e, em jeito de bónus, uma subida de quase 50% do suplemento de ordenado das futuras chefias das escolas. O Governo prometeu ainda um aumento "histórico" do número de vagas no próximo concurso de professores.

Com estas medidas, o Governo tenta dividir os professores de modo a esvaziar a greve marcada para 19 de Janeiro. Fonte do Executivo assegurou ao DN que a dispensa de avaliação de alguns docentes traduz-se num "alívio de carga burocrática significativo", deixando assim sem argumentos os conselhos executivos que têm defendido a impossibilidade de proceder à avaliação. Por outro lado, as outras medidas procuram contentar uma parte da classe que nos últimos seis meses mais dores de cabeça tem dado a José Sócrates. O primeiro-ministro não quer, em ano eleitoral, arriscar nova contestação maciça como as registadas nas duas últimas manifestações.

Os sindicatos é que não estão dispostos a deixar-se seduzir por esta "operação de charme" do Executivo. Mário Nogueira, da Fenprof , disse que a dispensa de avaliação é uma tentativa de "comprar os professores". Carlos Chagas, do Sindep, assegurou também que "estas medidas implicam o falhanço completo da política de avaliação do Ministério". A 19 de Janeiro, data da nova greve de professores, se verá quem ganha a guerra. Com P.V.M. e M.C.

Vai uma chinelada?

clica

CARTA ABERTA AOS MEUS COLEGAS PROFESSORES - testemunho de um professor aposentado

CARTA ABERTA AOS MEUS COLEGAS PROFESSORES

Pela primeira vez em muitos anos não retomo a actividade docente no início do ano lectivo. Mas não o lamento e é isso que me dói. Sempre disse que queria ficar na escola mais alguns anos para além do tempo da reforma, desde que tivesse condições de saúde para tal. Contudo, vi-me 'obrigado' a sair mais cedo, inclusivé aceitando uma penalização de 4,5% sobre o vencimento.

Não sou protagonista de nada: o meu caso é apenas mais um no meio de milhares de professores a quem este Governo afrontou. Só quem não conhece as escolas e tem uma ideia errada da função docente é que não entende isto.

É doloroso ouvir pessoas que sempre deram o máximo pela sua profissão, que amam o ensino e têm uma ligação profunda com os alunos, a dizerem que estão exaustas e que lamentam não serem mais velhas para poderem reformar-se já. Vejo com enorme tristeza estes colegas a entrarem no ano lectivo como quem vai para um exílio. Compreendo-os bem...
Este estado de coisas tem responsáveis: são a equipa do Ministério da Educação e o Primeiro-ministro.
A eles se deve a criação de um enorme factor de desestabilização e conflito nas escolas que é a divisão artificial da carreira docente entre 'professores titulares' e os outros que o não são. Todos fazem o mesmo, a todos são pedidas as mesmas responsabilidades, mas estão em patamares diferentes, definidos segundo critérios arbitrários.
A eles se deve um sistema de avaliação de desempenho que não é mais do que a extensão administrativa daquele erro colossal.
A eles se deve a legislação que não reforça a autoridade dos professores na escola, antes os transforma em burocratas ao serviço de encarregados de educação a quem não se pedem responsabilidades e de alunos a quem não se exige que estudem e tenham sucesso por mérito próprio.

No ano passado 100 000 mil professores na rua mostraram que não se conformavam com este estado de coisas. O Governo tremeu. Mas os Sindicatos de professores não souberam gerir esta revolta legítima. Ocupados por gente que não dá aulas, funcionalizados e alienados pelo sistema, apressaram-se a assinar um acordo que nada resolveu, antes adiou um problema que vai inquinar o ano lectivo que hoje começa.

Todos os que podem estão a vir-se embora das escolas, é a debandada geral. Gente com a experiência e a formação profissional de muitos anos, que ainda podiam dar tanto ao ensino, retiram-se desgostosos, desiludidos, magoados. Deixaram de acreditar que a sua presença era importante e bateram com a porta. O Governo não se importa, nada faz para os segurar: eram gente que tinha espírito crítico e resistia. «Que se vão embora, não fazem cá falta nenhuma!»

Não, não tenho pena de não voltar à escola. Pelo contrário: entro em Setembro com um enorme alívio. Mas não me sinto bem. Estou profundamente solidário com os meus colegas de profissão e tenho a estranha sensação de que os abandonei, embora saiba quanto isso é pretensioso da minha parte. Vejo com apreensão e desgosto que, trinta e sete anos depois de começar a ser professor, a escola não está melhor.
Sim, regressarei hoje à escola. Mas só para dar um imenso abraço àqueles que, corajosamente, como professores no activo, enfrentam um novo ano lectivo.

Torres Vedras, 1 de Setembro de 2008

Joaquim Moedas Duarte

Magalhães, o mentiroso computador português.

Magalhães - o mais escandaloso golpe de propaganda do ano

Os noticiários de ontem abriram com pompa e circunstância anunciando o lançamento do '
Primeiro computador portátil português', o Magalhães.

Na realidade, só com muito boa vontade é que o que foi dito e escrito é verdadeiro. O projecto não teve origem em Portugal, já existe desde 2006 e é da responsabilidade da Intel. Chama-se Classmate PC e é um laptop de baixo custo destinado ao terceiro mundo e já é vendido há muito tempo através da Amazon.

As notícias foram cuidadosamente feitas de forma a dar ideia que o Magalhães e algo de completamente novo e com origem em Portugal. Não é verdade. Felizmente, existem blogues atentos. Na imprensa escrita salvou-se, que eu tenha dado conta, a notícia do Portugal Diário:

Pelos vistos, o jornalista Filipe Caetano foi o único a fazer um trabalhinho de investigação em vez de reproduzir o comunicado de imprensa do Governo.
Os portugueses são permanentemente enganados por este governo aldrabão!

SOS professores colocados

Carta inédita de Egas Moniz a D Afonso Henriques


Meu querido Afonso,

Ou Afonsinho como eu te chamava no tempo em que te educava junto às margens do rio Douro, quando foi do milagre. Eras tão pequenino e enfezadinho.

Afonsinho, em que estavas a pensar quando mais tarde te zangaste com o teu Tio e fundaste Portugal?

Olha só no que deu essa tua travessura. :

· No exame final de 12º ano és apanhado a copiar chumbas o ano, o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa, mandou por fax e é engenheiro.

· Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing( um prego nas trombas mas em inglês diz-se assim)

· Um jovem de 18 anos recebe 200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma 236 € depois de toda uma vida do trabalho.

· Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.

  • O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.
  • Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2.000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.
  • Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.
  • O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados. No Fórum Montijo o WC da Pizza Hut fica a 100mts e não tem local para lavar as mãos.
  • O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos).
  • Nas prisões são distribuídas gratuitamente seringas por causa do HIV, mas é proibido consumir droga nas prisões!
  • Um jovem de 14 anos mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal. Um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga, é violência doméstica!
  • A uma família a quem a casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra, o estado não tem dinheiro para fazer uma nova, tem de viver conforme pode. 6 presos que mataram e violaram idosos vivem numa sela de 4 e sem wc privado, não estão a viver condignamente e aí aassociação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu.
  • A militares que combateram em África a mando do governo da época na defesa do território nacional não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra, mas o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa das PátriasDO KOSOVO, AFEGANISTÃO E IRAQUE, não da Pátria que fundaste.
  • Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem, não pagas às finanças a tempo e horas, passado um dia, já estas a pagar juros.
  • Fechas a janela da tua varanda e estás a fazer uma obra ilegal, constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.
  • Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num ofício respeitável, é exploração de trabalho infantil, se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe!Numa farmácia pagas 0.50€ por uma seringa que se usa para dar um medicamento a uma criança. Se fosses drogado, não pagavas nada!
    Afonsinho, de novo te pergunto e por favor responde-me , em que estavas a pensar quando fundaste Portugal? Carago,(à moda do Porto), foi uma diarreia mental que tiveste, confessa lá que foi. Agora todos estão desiludidos. Já te falarei um dia na corrupção. O Gonçalo Mendes da Maia que tu tanto criticavas por querer tudo, era um ingénuo, não era nada ao lado desta cambada, nossos descendentes.

Se vires a senhora tua Mãe, dá-lhe recados.

Um beijo do teu servidor sempre fiel,

Egas Moniz



Avaliação de Professores no Mundo


Avaliação de Professores em Portugal

Onde se inspirou o governo português para conceber um modelo de avaliação tão burocrático? Em declarações ao órgão de propaganda do PS a ministra da educação afirma que se inspirou em modelos de avaliação existentes na Inglaterra, Espanha, Holanda e Suécia (Março de 2008). Os professores destes países negam tal afirmação. O modelo que maiores semelhanças tem com o português é o chileno, mas seja mesmo assim menos burocrático.
Estamos pois perante o sistema de avaliação mais burocrático do mundo, e que fomenta o fim do trabalho cooperativo nas escolas. Não admira que ao aperceber-se da gravidade do problema, o próprio ME tenha vindo a apelar para que cada escola simplifique o sistema, criando desta forma uma disparidade de modelos e de critérios de avaliação no país.

Consultas:

Avaliação de Professores na Alemanha

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola, tal como existia em Portugal.

2. Aulas Assistidas: Acontecem durante o período de formação e depois de 6 em 6 anos. A aula tem a duração de 45 minutos e é assistida pelo chefe da Direcção escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão. Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as aulas assistidas e não existe mais nenhuma avaliação.

3. Horários dos Professores. Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários completos variam entre 25 e 28 horas semanais.

4. Avaliação de Alunos. As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo de funcionamento escolar normal, nunca durante o período de interrupção de actividades ou de férias. Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de férias as escolas encontram-se encerradas. Encerradas para todos, alunos, pais, professores e pessoal de Secretaria. Os alunos e os professores têm exactamente o mesmo tempo de férias.
Não existe essa dicotomia idiota entre interrupções lectivas, férias, etc.

5. Horários escolares: Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas. Nos outros
níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir do 10° ano,às 17.00.

6. Férias: cerca de 80 dias por ano, embora possa haver ligeiras diferenças de Estado para Estado.

7. Máximo de alunos por turma: 22



Avaliação de Professores na Suíça

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).

2. Aulas Assistidas: Estas aulas só ocorrem durante a formação e para a subida de escalão.

3. Férias. As escolas durante o período de férias estão encerradas. Total de dias de férias: cerca de 72 (pode haver diferenças de cantão para cantão) .

4. Os horários escolares: Idênticos aos da Alemanha. Até ao 4° ano de escolaridade, inclusive, não há aulas de tarde às quartas-feiras, e terminam cerca das 11.30.

5. Máxima de alunos por turma: 22.

Avaliação de Professores na Bélgica

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).

2. Aulas Assistidas. As aulas Assistidas só ocorrem quando são solicitadas pela direcção da escola, mas não contam para efeitos de progressão dos docentes.

3. Avaliação das Escolas. A avaliação dos professores está englobada na avaliação das escolas. Avalia-se o trabalho da escolas, e desta forma o trabalho dos professores que nelas exercem a sua actividade.

Avaliação de Professores na Inglaterra e País de Gales

1. Categorias. Os professores do ensino público estão divididos em função de duas categorias salariais: A Tabela Salarial Principal (dividida em 6 níveis) e a Tabela Salarial Alta (dividida em 3 níveis).

2. Avaliação. A progressão nas tabelas depende dos resultados da avaliação contínua e que envolve o director da escola, o conselho directivo e os "avaliadores de "performance".

Avaliação de Professores na França

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular.

2. Aulas assistidas. As aulas assistidas só ocorrem no mínimo de 4 em 4 anos, a regra é de 6 em 6 anos, e são observadas por um inspector com formação na área do professor. O objectivo destas aulas é essencialmente formativo, tendo em vista ajudar os professores a melhorar as suas práticas lectivas.

3. Progressão na carreira. Para além da antiguidade, são tidos em conta os resultados da observação das aulas e as acções de formação frequentadas pelos professores.



Avaliação dos Professores em Espanha

1.Descentralização. A única legislação nacional que existe sobre avaliação dos professores e sistemas de promoção contemplam apenas o ensino básico. Cada "Comunidade Autonómica" estabelece os seus próprios critérios para a progressão dos professores.

3. Avaliação. Embora não existam progressões automáticas, na maioria dos casos as mesmas são feitas com base na antiguidade.

Avaliação de Professores nos EUA

1. Descentralização.. Cada um dos 13 mil distritos escolares tem os seus próprios critérios de recrutamento, de carreira, avaliação de desempenho, promoção ou de pagamento.

2. Avaliação. Não existe um sistema único de avaliação. Nos distritos onde existe avaliação, esta pode ser feita pelo director da escola ou entre os próprios professores.

3. Progressão. Em geral os aumentos salariais são feitos em função do tempo de serviço.

Avaliação de Professores no Chile

O Ministério da Educação de Portugal terá copiado o modelo chileno de avaliação ?. ( Consultar ) . Estes modelos foram já objecto de uma comparação muito elucidativa das suas semelhanças e diferenças.

Comparação

Modelo de Avaliação Português / Modelo de Avaliação Chileno

Periodicidade

1. A avaliação global é feita de 2 em 2 anos.

2. A avaliação serve sobretudo para contagem de serviço para a progressão na carreira (existem cotas para a categoria de titulares).

1. A avaliação é feita de 4 em 4 anos.

2. A avaliação serve sobretudo para premiar financeiramente os melhores desempenhos, os quais pode ir até 25% do salário mínimo nacional chileno (não existem cotas para estes prémios).
Instrumentos de Avaliação

1. Fichas de auto-avaliação do professor;

2. Ficha dos objectivos individuais de cada professor;

3. Ficha de avaliação dos objectivos individuais do professor;

3. Portefólio do professor

4. Avaliação do portefólio do professor avaliado;

5. Entrevista pelo professor avaliador. Implica o preenchimento de ficha de avaliação.

6. Avaliação pelo coordenador do Departamento Curricular. Implicando o preenchimento de ficha de avaliação).

7. Avaliação pela Comissão Executiva (Director). Implica o preenchimento de ficha de avaliação).

8. Assistência do avaliador a pelo menos 3 aulas em cada ano lectivo. Implica o preenchimento de 3 fichas de avaliação.

1. Fichas de Auto-avaliação;

2. Entrevista pelo professor avaliador;

3. Avaliação do director ou do chefe técnico da escola;

4. Portfólio, que inclui a gravação em vídeo de uma aula, de 4 em quatro anos.

Níveis de Desempenho e Resultados da Avaliação

1. Excelente (com cota fixada pelo governo). Duas vezes seguidas reduz em quatro anos o tempo de serviço para acesso à categoria de titular; Quatro vezes seguidas dá direito a prémio de desempenho.

2. Muito Bom (com cota fixada pelo governo). Duas vezes seguidas reduz 2 anos o tempo;

3. Bom. Classificação mínima necessária para progredir.

4. Regular. Não progride. Proposta de acção de formação contínua;

5. Insuficiente. Não progride. Pode determinar a reconversão profissional.

1. Destacado ou Competente. Recebe um abono suplementar mensal. O abono dura três e quatro anos.

2. Insatisfatório. Repete a avaliação no ano seguinte. Se na segunda avaliação tiver o mesmo resultado e deixa de dar aulas, durante um ano. Se tiver uma terceira avaliação negativa sai da carreira, mas recebe um abono.

Nota:
Esta informação é a verdade, sem demagogias e não serve para caçar votos. Envia-a ao maior número de colegas possível, seguindo o princípio que indivíduo informado vale por dois.
Não nos podemos deixar enganar !!!

O insucesso escolar

Não, sr Secretário de Estado



Não, sr Secretário de Estado
Maria Filomena Mónica

Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário. Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei.

Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na “ciência” que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat natural, pelo que passou a formador de formadores, consultor de “projectos e missões do Ministério da Educação” e, entre 1985 e 1990, a professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado, faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu sossegadamente a ler o Despacho ministerial nº 11 529/2005, no Diário da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em Valter Lemos, o texto legal trata-o por “doutor”, título que só pode ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece mencionada no seu curriculum. Estranhei, como estranhei que a presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado, mas não reputo estes factos importantes. Aquando da polémica sobre o título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é saber se mentiram ou não.

Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr. secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia da República, como independente, nas listas do Partido Socialista. Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal (a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova lei.

Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um discurso digno de nota.

Chegada aqui, deparei-me com uma problema: como saber o que pensa do mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da Educação. Logo na primeira página, notei que S. Excia era um lírico. Eis a epígrafe escolhida: “Quem mais conhece melhor ama.” Afirmava seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores, descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na “medição” da aprendizagem. Daí que tivesse decidido determinar a forma correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas, expressas num quadrado encimado por termos como “skill cognitivos”.

Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta depois várias “grelhas de análise”. Entre outras coisas, o docente teria de analisar se o aluno “interrompe o professor”, se “não cumpre as tarefas em grupo” e se “ajuda os colegas”.
Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo “Diferencialidade”: “Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste.” Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal “índice de dificuldade e o de discriminação de cada item”. É ela a seguinte: Df= (M+P)/N em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente.

O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, “tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez] verdades aparentemente óbvias e outras vezes “desculpas de mau pagador”, sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal”. Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância.

Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia decide bater-lhes: “Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano findo.” O sábio pedagógico-burocrático dixit.

O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que, em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa. Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que, provindo das chamadas “ciências exactas”, não têm uma ideia do que sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da Educação e a nomenklatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro.

Atenção nos restaurantes ! Especialmente neste...

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Até com pagamento.......multibanco!!! Divulguem o máximo possível .

Restaurante Tromba Rija
Peçam sempre as vossas facturas/talão do MB quando forem ao Tromba Rija.

A conta foi 292,50€ mas eles cobraram a mais 200,00€ para além do
valor da conta, a título de gratificação.

Só hoje reparei que o débito a minha conta tinha sido de 492,50€ e não
de 292,50€, isso obrigou-me a ir a casa buscar os comprovativos que
tinha e voltar lá para reclamar, eles alegaram o seguinte:

"…foi o senhor que digitou o valor de gratificação"

"…é a máquina nova que faz estes erros"

Na minha opinião eles agiram de má fé quando cobraram os 200€.

Após o término das desculpas o senhor deu-me o cheque dos 200€
cobrados indevidamente.

Reparem que no talão do MB aparece a frase "inclui gratificação de 200,00 EUR "