sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ministra da Educação do próximo governo PS. Esta é nova...............................


...Ana Maria Bettencourt, uma das maiores especialistas portuguesas em 'pedagogice', deu duas entrevistas ao Jornal Público, nas quais disse coisas de fugir.


Esta ex deputada do PS e eventual futura ministra da educação, continua a defender com unhas e dentes a totalitária ideologia do "eduquês".


Segundo ela, "há três componentes na missão do professor. Uma é mudar o paradigma do trabalho dentro da sala de aula: mais trabalho e mais acompanhamento aos alunos. A segunda é que o professor tem que ter função de tutoria, de enquadramento e apoio ao aluno; ajudar um aluno com crise pessoal ou que não consegue aprender. A terceira componente é o trabalho em equipa."


(Sobre a principal tarefa que é ensinar, nem uma linha.)



Depois, prossegue dizendo que "as escolas têm que ser avaliadas se resolverem os problemas e se não o fazem têm que explicar porquê."


(Ou dito de outra forma, se não passarem os meninos todos, serão culpabilizadas pelos chumbos, e avaliadas pelas grelhas altamente científicas do secretário de estado Valter Lemos.)



Sobre as medidas propostas pela actual equipa do ministério, nomeadamente sobre o ensino das línguas, a Drª Bettencourt continua maravilhada com a Finlândia (até suspeito que ela viva lá), pois refere que "na Finlândia, há alunos dessas idades [10 a 12 anos] a estudar cinco línguas, há percursos muito centrados nas línguas porque os finlandeses dizem que são um país periférico e têm que aprender.


(O problema não é o ensino de duas línguas, mas a consolidação da compreensão das mesmas".)


Sobre a Matemática defende que "os professores têm que trabalhar mais. Não podem ser só as famílias, embora estas sejam importantes; é a escola que tem que ter muito mais responsabilidade."


(Claro, a culpa é dos professores, não são as famílias que não ligam nenhuma à escolaridade dos filhos, e não são os alunos que são cada vez mais preguiçosos.)


Sobre o facilitismo de que tem sido acusada, e acerca dos "chumbos" a linha é a mesma: "Um aluno que chumba várias vezes é porque não foi apoiado e vai acabar por desistir, o que é mau para ele e para o país. O que defendo é que os professores compreendam as dificuldades dos alunos, insistam e trabalhem muito. Isto é muito importante, para poder resolver, porque se não, os professores dão sempre mais do mesmo. Um dos aspectos que me impressionou na escola finlandesa foi os alunos trabalharem imenso. Existem alunos com dificuldades, são apoiados e vão fazer a sua escolaridade."


(Mais uma vez, a culpa é dos professores e nunca, nunca é dos alunos.)


Dos exames, disse que "o problema do sucesso nas aprendizagens não depende de mais exames."



Ana Maria Bettencourt personifica bem o espírito do Partido Socialista para a educação. Qualquer ministro que venha deste partido, vai defender estas ideias, que têm sido em parte responsáveis pelo tremendo falhanço que é a escola em Portugal. Estes senhores, debaixo da capa de quererem ajudar os "coitadinhos" e os "pobres", estão com estas ideias, a prolongar-lhes a pobreza e a "coitadice", porque no essencial os desresponsabilizam pelos seus resultados e pelas suas aprendizagens. Ao mesmo tempo, fazem tábua rasa de tudo o que muitos professores todos os dias fazem nas escolas, passando-lhes a responsabilidade de todos os males.



Maria de Lurdes Rodrigues, ao pé de Ana Bettencourt é uma santa, e se a segunda substituir a primeira, ainda vai haver quem tenha saudades da 'Milu'.


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