sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"Há anos que não fazia greve. Mas achincalharam-nos tanto "



Diário de Noticias
Educação. A "plataforma" fala num recorde: 94% de adesão à greve. O Ministério refere 61%, o que não deixa de ser a maior paralisação alguma vez assumida por um Governo. No braço--de-ferro, tudo igual: as partes trocam acusações de intransigência, mas declaram abertura para negociar

Ministério confirma maior greve de sempre
As contas, como tem sido hábito, não batem certo. De acordo com o Ministério da Educação, 61% dos professores participaram no protesto de ontem, parando 30% das escolas. Os sindicatos falam em 94%. Mas a conclusão não muda: a greve de ontem foi mesmo a maior de sempre, geral ou sectorial. Isto porque, se os dados da "plataforma" são recordistas, também não há registode um governo ter admitido mais de dois terços de adesão a uma greve.

Basta recordar que a 2 de Outubro, primeiro dia da greve da Função Pública convocada pela CGTP, o Governo falou em 11% contra 75% da central sindical. "Claramente, o Governo acaba por reconhecer que esta greve de professores foi a maior de sempre", disse ao DN João Proença, secretário-geral da UGT. "De resto, só há alguns anos começou a divulgar os próprios números, e sempre entre os 10% e os 15%".

Desta vez, o valor mais baixo que o ministério anunciou, com base nos dados às 11.00, foram 44,8% de adesão no Alentejo. No Norte, por outro lado, a tutela assumiu uns inéditos 90,4%.

"Não cedemos a ultimatos"

Estas são, no entanto, contas que o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, não terá considerado antes da conferência de imprensa que deu na 5 de Outubro, onde defendeu que apesar da "significativa" mobilização , "os objectivos traçados pelos sindicatos de professores falharam". De resto, a avaliar pelo discurso ministerial, nada do que se passou ontem justifica ponderar novos recuos.

De manhã, o outro secretário de Estado, Jorge Pedreira, tinha manifestado disponibilidade da tutela para prolongar por mais "alguns anos" o modelo simplificado do Governo - o tal que os sindicatos já recusaram. À tarde, Valter Lemos garantiu que, "como sempre", o ministério está "inteiramente disponível" para negociar e que é à posição de "intransigência" da "plataforma" que se deve o actual impasse.

Confrontado com o facto de, pela terceira vez num ano, mais de 60% dos professores se terem associado a essa "posição" sindical e de a suspensão já ter sido exigida em mais de 300 escolas e agrupamentos, o governante não desarmou: a lei "é para cumprir" e o Governo "não cede a ultimatos".

No que cada vez mais se assemelha a uma "conversa de surdos", os argumentos das partes não deixam de revelar uma notável coincidência. Cerca de hora e meia depois, Mário Nogueira considerou que os cerca de 132 mil professores que ontem fizeram greve reforçam a posição da "plataforma" para... negociar. Essa é, aliás, a grande vontade dos sindicatos, acrescentou, um processo de negociação "sério e aberto". "O ministério tem de aceitar negociar sem condições prévias, ao contrário do que tem feito, e ainda por cima colocando o ónus da intransigência nos sindicatos", acusou.

Para as 11 organizações reunidas na "plataforma", o reconhecimento de que esta foi "uma greve significativa" implica que se tirem as devidas consequências. E esperam que isso aconteça nos próximos dias, dado o "nervosismo" que detectaram nas palavras de Valter Lemos.

Professores em greve voltam a bater "novo recorde"

Governo reconhece "adesão muito significativa", Plataforma Sindical fala em "dia histórico"

00h30m

ALEXANDRA INÁCIO E ALEXANDRA MARQUES
Jornal de Noticias

De acordo com o Governo, 61% dos docentes fizeram greve; os sindicatos garantem que foram 94%. Além da discrepância de números, o ME reconheceu a "adesão significativa", o que para os docentes já é "histórico".

"É a maior greve de sempre. É um dia histórico", começou por defender Mário Nogueira. Os sindicatos contabilizaram 94% de adesão à greve - sensivelmente 132 mil dos cerca de 140 professores do país. E o recorde, argumentam, foi assumido igualmente pelo Ministério. Para o Governo, 61% dos professores fizeram greve e quase um terço das escolas fechou.

"A adesão foi muito significativa", reconheceu Valter Lemos - reconhecimento aproveitado pelo líder da Fenprof para sublinhar que nunca antes a tutela revelou "números tão altos". A região Norte foi a que registou maior adesão à paralisação tanto pelo ME como pelos sindicatos: 90,4% e 94%, respectivamente.

Em pose vitoriosa, os dirigentes recusaram travar "uma guerra de números", até porque o Governo, acusaram, contabilizou como escolas a funcionar, os estabelecimentos cujos funcionários mantiveram as portas abertas apesar de os alunos não terem aulas.

"O Governo não pode continuar em contra-mão e ignorar a paralisação", comentou ao JN João Dias da Silva. O secretário-geral da FNE acredita que a tutela irá, nos próximos dias, chamar os sindicatos e marcar reuniões - uma convicção depois repetida por Mário Nogueira. Caso o Governo não suspenda e aceite negociar um novo modelo, a contestação continuará, garantem.

O líder da Fenprof interpretou a "ausência" da ministra da divulgação, pelo ME, dos números da greve, como um sinal de possível mudança. "Vamos dar uns dias ao ME", afirmavam os sindicalistas.

"O ME tem de aceitar negociar sem condições", defendeu Mário Nogueira. Para o secretário-geral da Fenprof um modelo de avaliação cuja aplicação só é possível mediante simplificação "tem de ser substituído". O ME, sublinhou, pode impor o cumprimento da lei, mas isso só agravará a tensão nas escolas. "Não peçam aos professores para salvarem a cara do Governo", afirmou.

Os sindicatos voltaram a propor um regime transitório para este ano lectivo e o início de negociações de um novo modelo, que implica a revisão do Estatuto da Carreira Docente, pelo facto de a avaliação decorrer desse diploma.

Valter Lemos reiterou que o Governo "não suspenderá" a lei e que só admite "negociar condições" da aplicação do regime. Os argumentos mantém-se inalteráveis. Com uma diferença: Nogueira coloca "nas mãos do primeiro-ministro a responsabilidade de devolver a pacificação às escolas". Sábado, Sócrates, disse na reunião do PS que a avaliação não é só uma prioridade da ministra, mas também do Governo e do PS.

Ontem, irónico, Nogueira "estranhou" o facto de o PS, "tendo sido o partido que mais se manifestou preocupado" com o impasse na Educação, "foi o único "que ainda não respondeu ao pedido de audiência dos sindicatos".

Publico

Tutela indica que 61 por cento dos docentes aderiam à paralisação
Ministério fala em "adesão significativa", sindicatos em greve "histórica"
03.12.2008 - 17h43 Clara Viana, com Lusa
O Ministério da Educação admite que a greve de hoje dos professores teve uma "adesão significativa", de 61 por cento, e que a paralisação obrigou ao encerramento de 30 por cento das escolas do país. O balanço da tutela fica longe dos primeiros números da Plataforma Sindical de Professores, segundo a qual a paralisação foi a maior de sempre no sector, com uma adesão acima dos 94 por cento, ou seja, 132 dos 140 mil professores aderiram ao protesto.

Os números da tutela, avançados com base em dados recolhidos pelo ministério às 11h00, foram avançados esta tarde, em conferência de imprensa, pelo secretário de Estado da Educação. Segundo Valter Lemos, houve uma "adesão significativa à greve" mas o membro do Governo considerou que os sindicatos "falharam" nas suas previsões. "Os objectivos colocados pelos sindicatos estão muito longe de ser atingidos", sublinhou, lembrando que as estruturas sindicais "anunciaram o encerramento total das escolas" e que a greve iria ter "uma adesão perto dos 100 por cento".

Os números de adesão à greve apresentados pelo ministério de Maria de Lurdes Rodrigues diferem dos indicados pela Plataforma Sindical dos Professores que, também em conferência de imprensa, anunciou uma participação "histórica" de 94 por cento. "É a maior greve de sempre dos professores em Portugal", reforçou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, que recordou a paralisação de 1989 como a segunda maior depois desta e onde os números se ficaram pelos 90 por cento.

De acordo com o porta-voz da plataforma, a possibilidade de os professores fazerem greve às avaliações do primeiro período – que chegou a ser avançada há cerca de duas semanas – não está em cima da mesa, mas também não foi definitivamente colocada de parte. Mário Nogueira escusou-se comentar os números avançados pelo Governo. "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".

Protestos agendados são para manter

No entanto, caso o Ministério da Educação não ceda, os professores prometem avançar com as acções de luta agendadas: uma vigília de 48 horas frente à tutela a partir de amanhã e greves regionais de norte a sul do país entre terça e sexta-feira da próxima semana. Ainda assim Mário Nogueira reiterou: "Nós queremos negociar. Convidamos o Ministério da Educação a abrir o processo negocial". Contudo, os sindicatos insistem que não aceitam que a negociação seja feita com base no actual modelo, voltando a apelar à sua suspensão.

Por isso, a classe volta a pedir uma solução intermédia que deveria vigorar apenas este ano e que teria por base a auto-avaliação dos professores e a sua homologação por parte dos órgãos da escola, isto é, o conselho pedagógico e o conselho executivo. Para a Fenprof o novo modelo de avaliação a que pretendem chegar deveria, "ao contrário deste, favorecer a aprendizagem e a qualidade do trabalho docente".

O secretário-geral da Fenprof sublinhou, também, que são de esperar novidades por parte da tutela nos próximos dias, considerando que a conferência dada por Valter Lemos, sem a presença de Maria de Lurdes Rodrigues, é um indício de "fragilidade" e de que algo está para acontecer. De todas as formas, o responsável espera que os dois dias de vigília dêem espaço ao ministério para repensar a sua posição. Quanto à possibilidade de fazerem mais paralisações, Mário Nogueira lembrou que as greves sucessivas são um "custo financeiro pesado" para os professores, pelo que não será provável.

Avaliação de desempenho "é para avançar"

As críticas dos professores à política educativa do Governo voltaram a ser afastadas pelo ministério, com o secretário de Estado da Educação a garantir que a "lei é para avançar" e que o processo de avaliação de desempenho dos docentes será mesmo concretizado este ano lectivo.

Valter Lemos sublinhou que o ministério mantém a porta aberta ao diálogo com os sindicatos para "encontrar todas as soluções possíveis" para os problemas que forem identificados pelas escolas na aplicação do modelo. "Temos mostrado sempre total abertura à negociação, apresentando propostas no sentido de alterar as dificuldades identificadas pelas escolas. A nossa posição continua a ser a de encontrar todas as soluções possíveis [para que o processo possa avançar]", reforçou.

"Há anos que não fazia greve. Mas achincalharam-nos tanto que a indignação veio ao de cima"

04.12.2008, Clara Viana

Os professores de Sintra dizem que mesmo se quisessem, era impossível pôr em prática o modelo de avaliação do ME


Numa óptica de especialização de funções, não é de estranhar que seja o professor de Educação Visual e Tecnológica que tenha o cartaz mais aprimorado de todos. Aliás, dois cartazes. Um na mão, outro ao peito: "Sempre votei PS! Em 2009 irei votar contra o PS!". À chuva, uma das professoras da escola EB 2/3 D. Carlos I, Sintra, graceja com o colega de EVT: "Nós gritamos, mas quem fica nas fotos és sempre tu". Nos últimos tempos tornaram-se "veteranos" de "manifes".
Correio da Manhã
04 Dezembro 2008 - 00h30

Educação: Sindicatos garantem que foi a maior paralisação de sempre

Greve não pára braço-de-ferro

"A lei não se suspende, é para avançar." Foi esta a resposta do Governo, através do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, à greve de professores de ontem contra o modelo de avaliação, a maior de sempre, segundo os sindicatos, com 94 por cento de adesão. Lemos admitiu uma "adesão significativa", mas com números bem inferiores: 61 por cento.

O CM contactou 18 escolas escolhidas de forma aleatória e em todas a paralisação andou entre os 90 e os 100 por cento, à excepção de uma, onde foi de 89 por cento.

O dia acabou com as partes a trocarem acusações de intransigência, embora ambos garantam disponibilidade para negociar. Os protestos continuam já hoje, com uma vigília de dois dias junto ao Ministério da Educação (ME), e para a semana há greves regionais. Já a ameaça de greve na semana de dar notas aos alunos mantém--se. 'Foi um dia histórico, ganhámos ainda mais legitimidade. O ME tem de aceitar negociar sem condições, este modelo não serve', disse Mário Nogueira. Ao início do dia, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, anunciou que o Governo está disponível para aplicar o modelo simplificado de avaliação não apenas este ano. Os sindicatos recusam porque implicaria aceitar um modelo que rejeitam.

No meio do turbilhão, os partidos da Oposição voltaram a exigir que o Governo suspenda o modelo e representantes dos pais voltaram a apelar ao diálogo. Tal como fez o Presidente da República, Cavaco Silva. 'Nunca me esqueço dos professores', respondeu quando alguns docentes o interpelaram durante uma visita a Marco de Canaveses.

NÚMEROS

132 mil

Número de grevistas avançado pelos sindicatos, mais do que os 120 mil da manif.

49 mil

A maior adesão registou-se no Norte, com perto de 49 mil grevistas, dizem os sindicatos.

90,4% de docentes faltaram de manhã na Região Norte, segundo avançou o Governo.

362 agrupamentos e escolas secundárias encerraram no País, revelou o Ministério da Educação.

70 euros é quanto um professor de topo de carreira perde ao fazer um dia de greve.

UM PAÍS DE ESCOLAS VAZIAS E ALUNOS NA RUA

A maioria das escolas do distrito de Viseu encerrou portas. As que se mantiveram abertas não tiveram mais do que três ou quatro turmas. 'Foi mais fácil encontrar uma agulha num palheiro do que um professor a trabalhar', assinalou Francisco Almeida, do Sindicato de Professores da Região Centro.

No Porto, foram também várias as escolas fechadas. 'É um movimento que passa largamente a expressão dos sindicatos', disse João Paulo Serralheiro, do SPN. Em Leiria, a greve foi 'histórica'. Dos 119 docentes da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, apenas quatro furaram a greve. 'O ambiente na escola é igual a um dia de férias, pois só cá estão os funcionários e pouco mais', disse Cristina Freitas, presidente do Conselho Executivo. Nas Caldas da Rainha, 200 professores foram recebidos na Câmara Municipal pelo vereador da Educação, Tinta Ferreira, a quem entregaram um documento que, segundo o autarca, 'diz respeito à dignidade da profissão docente'.

Mais a sul, no Alentejo, a adesão rondou os 90 por cento. Em Évora, raras foram as escolas com porta aberta. Excepção para a EB2,3 André de Resende, onde os professores compareceram mas não estava previsto haver aulas. Em Beja, a EB2,3 Santa Maria também não abriu portas.

'SÓ DORMI DUAS HORAS'

O dia de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, começou às 06h00 e foi um corrupio de entrevistas que só terminou perto da meia--noite. 'Dormi duas horas', confessava à porta da Escola Gil Vicente, em Lisboa, onde as portas fecharam e a adesão à greve foi de 92 por cento. A partir das 09h00 as SMS com notícias sobre a greve entravam sem parar no telemóvel. 'Valongo fechou todo o agrupamento', contava, satisfeito, antes de mais um directo para a TV. 'É um orgulho pertencer a esta classe profissional', assinalou.

PROTESTO EM PORTIMÃO

Cerca de centena e meia de professores juntou-se ao final da manhã frente ao edifício da Câmara Municipal de Portimão. Objectivo: entregar um documento e pedir intervenção junto do Governo.

A maioria dos professores no Algarve aderiu à greve de ontem. Nas quatro secundárias de Portimão, a adesão cifrou-se entre os 85% e os 100%. A Câmara prometeu remeter o documento ao Ministério da Educação. 'Esperamos que a paz regresse às escolas', desabafou um dos docentes.

OUTRAS NOTAS

PREMIADOS GREVISTAS

Jacinta Moreira, que venceu o Prémio Nacional de Professores do Ministério da Educação, fez greve, segundo fonte da Escola Carolina Michaelis. O vencedor do prémio em 2007, Arsélio Martins, também aderiu.

PSP NAS ESCOLAS

O Sindicato de Professores do Norte confirmou que várias escolas do concelho de Ovar foram visitadas por polícias, para avaliar a adesão à greve. A PSP nega e diz que apenas a Escola Segura esteve presente nas imediações das escolas, para o caso de haver situações de insegurança.

ESTUDANTES PROTESTAM

Os alunos do Básico e do Secundário promovem hoje um dia nacional de luta contra o Estatuto do Aluno e os exames nacionais.

AGREDIDA DE REGRESSO

A professora da EB2,3 de Jovim, Gondomar, agredida na passada semana, já regressou à escola.

MINISTRA NA ASSEMBLEIA

Maria de Lurdes Rodrigues estará hoje no Parlamento para um debate de urgência pedido pelo BE sobre a avaliação.

NOTAS

SETÚBAL: PROTESTO

Algumas dezenas de professores protestaram em Setúbal. O distrito foi um dos que registou maior adesão à greve, nomeadamente nos concelhos do Barreiro, Almada, Seixal e Setúbal

NORTE: AMARANTE À FRENTE

Segundo o Sindicato dos Professores do Norte, Amarante foi o concelho da região com a adesão mais elevada à greve (97 por cento), seguido de Gaia e Matosinhos (96 por cento)

AUDIÊNCIA: SINDICATOS EM FÁTIMA

Mário Nogueira anunciou ontem que a plataforma sindical será recebida em Fátima pela Conferência Episcopal no próximo dia 9, depois de ter solicitado uma audiência

MARCO

Cavaco Silva ouviu os lamentos dos professores de Marco de Canaveses, durante a visita. Rui França, docente da Escola EB 2,3 de Alpendorada falou com o Presidente.

LISBOA

Na EB 1 S. João de Deus, em Lisboa, a adesão foi de cem por cento. 'Não era habitual na escola esta adesão, mas há três anos que é assim', disse a docente Ivone Dias.

PORTO

O aspecto das escolas no Porto era desértico. Muitos dos pais, a contar com a greve, não levaram os filhos à escola. Também a greve dos autocarros ajudou à desmobilização.

COIMBRA

Todos os docentes da Infanta D. Maria, a melhor escola pública, aderiram à greve. Um dia 'histórico', classificou a presidente do CE, Rosário Gama.

Bernardo Esteves/ Manuela Teixeira /L.O./J.C.M./F.G./I.J./P.G. / P.M.


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