"Dezenas de milhares" vão manter recusa da avaliação
Escolas. Apesar do Simplex, professores de cerca de 50 estabelecimentos já terão reafirmado a recusa de apresentarem os objectivos individuais de avaliação e os sindicatos acreditam que os números vão disparar para a semana. O Ministério da Educação recusa fazer previsões até terminar o prazo.
"Dezenas de milhares" de professores vão recusar a entrega dos objectivos individuais de avaliação, cujo prazo termina no final do mês, defendeu ao DN o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira. O Ministério da Educação, pelo menos para já, não quis fazer projecções sobre o desenrolar do processo.
Em antecipação da greve geral de amanhã, a segunda num mês e meio, a Plataforma tem medido o pulso à "luta" dos professores. E os indicadores estão a animar os sindicatos: "O que nos está a chegar - e até poderia ser surpreendente atendendo ao 'Simplex' da avaliação e às ameaças que têm sido feitas - são as escolas, uma a uma, a retomarem as suspensões."
A Fenprof divulgou já uma lista, que garante não ser exaustiva, com cerca de 50 agrupamentos e secundárias de todo País em que os professores "reafirmaram" a suspensão do processo já depois da entrada em vigor das últimas alterações. E "para a próxima semana, sobretudo na quarta e quinta-feira, estão marcadas muitas reuniões" com esse fim.
"Mesmo que estivéssemos a falar de 100 escolas, seriam logo 10 mil professores", explicou. "Depois, sabemos que há muitas escolas onde, mesmo não tendo sido votada a suspensão, perto de metade dos professores não vão entregar os objectivos individuais. No final, poderão ser 30, 40, 50 mil. Logo se verá."
Processo avança mesmo sem acordo
À luz das últimas regras, a recusa da entrega dos objectivos pelos professores já não pára a avaliação. Além de passarem a receber directamente este documento (sem passar pelo avaliador), os presidentes dos conselhos executivos terão o poder de o definir sozinhos se não houver acordo com o avaliado ao fim de 15 dias.
Em teoria, a recusa dos professores até seria mais prática para as chefias, que poderiam definir objectivos-padrão (inspirando-se no projecto educativo da escola) em vez de analisarem dezenas de processos diferentes. Mas, além de colocar os dirigentes numa posição difícil perante os subordinados, esse cenário manteria a incerteza sobre o sucesso da avaliação na sua fase decisiva no final do ano lectivo, onde a cooperação do professor é indispensável.
Para já, terminam amanhã os prazos para as escolas definirem os novos calendários da avaliação, que à partida terão sido cumpridos sem problemas. Mesmo os 139 presidentes de conselhos executivos que recentemente voltaram a pedir ao ministério para travar o processo, já assumiram que não podem inviabilizar a avaliação aos professores que a desejem.
Escolas. Apesar do Simplex, professores de cerca de 50 estabelecimentos já terão reafirmado a recusa de apresentarem os objectivos individuais de avaliação e os sindicatos acreditam que os números vão disparar para a semana. O Ministério da Educação recusa fazer previsões até terminar o prazo.
"Dezenas de milhares" de professores vão recusar a entrega dos objectivos individuais de avaliação, cujo prazo termina no final do mês, defendeu ao DN o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira. O Ministério da Educação, pelo menos para já, não quis fazer projecções sobre o desenrolar do processo.
Em antecipação da greve geral de amanhã, a segunda num mês e meio, a Plataforma tem medido o pulso à "luta" dos professores. E os indicadores estão a animar os sindicatos: "O que nos está a chegar - e até poderia ser surpreendente atendendo ao 'Simplex' da avaliação e às ameaças que têm sido feitas - são as escolas, uma a uma, a retomarem as suspensões."
A Fenprof divulgou já uma lista, que garante não ser exaustiva, com cerca de 50 agrupamentos e secundárias de todo País em que os professores "reafirmaram" a suspensão do processo já depois da entrada em vigor das últimas alterações. E "para a próxima semana, sobretudo na quarta e quinta-feira, estão marcadas muitas reuniões" com esse fim.
"Mesmo que estivéssemos a falar de 100 escolas, seriam logo 10 mil professores", explicou. "Depois, sabemos que há muitas escolas onde, mesmo não tendo sido votada a suspensão, perto de metade dos professores não vão entregar os objectivos individuais. No final, poderão ser 30, 40, 50 mil. Logo se verá."
Processo avança mesmo sem acordo
À luz das últimas regras, a recusa da entrega dos objectivos pelos professores já não pára a avaliação. Além de passarem a receber directamente este documento (sem passar pelo avaliador), os presidentes dos conselhos executivos terão o poder de o definir sozinhos se não houver acordo com o avaliado ao fim de 15 dias.
Em teoria, a recusa dos professores até seria mais prática para as chefias, que poderiam definir objectivos-padrão (inspirando-se no projecto educativo da escola) em vez de analisarem dezenas de processos diferentes. Mas, além de colocar os dirigentes numa posição difícil perante os subordinados, esse cenário manteria a incerteza sobre o sucesso da avaliação na sua fase decisiva no final do ano lectivo, onde a cooperação do professor é indispensável.
Para já, terminam amanhã os prazos para as escolas definirem os novos calendários da avaliação, que à partida terão sido cumpridos sem problemas. Mesmo os 139 presidentes de conselhos executivos que recentemente voltaram a pedir ao ministério para travar o processo, já assumiram que não podem inviabilizar a avaliação aos professores que a desejem.
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