Colegas,
estes três textos (os dois primeiros já foram distribuídos nas escolas ESOdivelas e na Roque Gameiro (Amadora) poderão ser copiados e distribuídos aos EE/pais, após algumas alterações se for necessário.
No entanto, seria fundamental distribuir este esclarecimento a todos os nossos vizinhos do prédio onde vivemos o mais breve possível, onde se explica as razões da luta dos professores ao longo do tempo e a Greve Nacional de todos os Professores e Educadores, e as consequências extremamente negativas, para os alunos, das políticas educativas do Governo, de modo a termos a população e os EE a nosso favor e não contra nós.
Depois envia aos colegas e amigos de modo a fazerem chegar os comunicados ao maior número de pessoas.
Só é derrotado quem deixa de lutar.
Comunicado aos Pais e Encarregados de Educação deste país cada vez mais cinzento e injusto.
estes três textos (os dois primeiros já foram distribuídos nas escolas ESOdivelas e na Roque Gameiro (Amadora) poderão ser copiados e distribuídos aos EE/pais, após algumas alterações se for necessário.
No entanto, seria fundamental distribuir este esclarecimento a todos os nossos vizinhos do prédio onde vivemos o mais breve possível, onde se explica as razões da luta dos professores ao longo do tempo e a Greve Nacional de todos os Professores e Educadores, e as consequências extremamente negativas, para os alunos, das políticas educativas do Governo, de modo a termos a população e os EE a nosso favor e não contra nós.
Depois envia aos colegas e amigos de modo a fazerem chegar os comunicados ao maior número de pessoas.
Só é derrotado quem deixa de lutar.
Comunicado aos Pais e Encarregados de Educação deste país cada vez mais cinzento e injusto.
PROFESSORES EM GREVE: ESCLARECIMENTO
Professores, vivamente preocupados com a instabilidade que se vive nas nossas escolas, cientes da inquietação e incerteza que esta situação provoca nas famílias, gostariam de afirmar de forma peremptória e inequívoca que:
1. Em nenhuma circunstância, os professores esquecerão que o seu primeiro e irrevogável compromisso é para com os alunos e, como tal, o seu dever de ensinar com competência será cumprido contra todas as adversidades.
2. A tensão que se vive nas escolas é devida à introdução, em simultâneo, de um conjunto profundo de alterações legislativas, emitidas pelo Ministério da Educação (M.E.), que vêm mudar, para pior, a face da escola pública portuguesa e, no limite, condenar a sua própria existência. Todas estas alterações foram introduzidas sem uma verdadeira negociação com os agentes dessas modificações, tornando-as assim questionáveis no plano democrático e, na prática, de difícil ou impossível aplicação. Os remendos, os sucessivos retoques legislativos, apressadamente levados a cabo pelo M. E., são prova da sua manifesta e não assumida incongruência. Veja-se, a título de exemplo, o que se passou com a Lei da Gestão e Administração Escolar, com o Decreto Regulamentar da Avaliação de Desempenho dos Professores e mesmo com o Lei que define o Estatuto do Aluno.
3. Sabemos que uma correcta e isenta informação é um elemento fundamental para a construção de uma verdadeira cidadania e é isso que, a cada dia, procuramos fornecer aos vossos filhos e educandos; não pretendemos a vossa compreensão e apoio só porque somos os seus professores: estamos certos de que, se houver informação isenta, fica clara a justeza da nossa posição.
4. Além de professores, também somos Pais e Encarregados de Educação. Também por isso, estamos disponíveis para colaborar em todas as reformas necessárias na escola portuguesa, estamos dispostos a mudar o que urge mudar e pedimos muito pouco em troca: que nos respeitem, que nos oiçam verdadeiramente e percebam que a nossa dignidade é inegociável.
Professores
Comunicado aos Pais e Encarregados de Educação deste país cada vez mais cinzento e injusto.
PROFESSORES EM GREVE: ESCLARECIMENTO
O M.E. não quis ouvir as nossas razões. Antes de chegarmos aqui fizemos inúmeras manifestações de desagrado, de norte a sul do país, nomeadamente três mega manifestações (08 de Março – 100 000 prof.; 08 de Nov. - 120 000 prof. e 15 de Nov. - 10 000 prof.) em dias e horas que não prejudicaram os nossos alunos. Fizemos em 03 de Dez. greve com mais de 90% de adesão.
Asssim convém lembrar que este governo:
1 - Mente ao dizer que os professores não querem ser avaliados, pois sempre o fomos e queremos ser avaliados, mas não de qualquer maneira, como quer impôr o M. E.
2 - Foi o único que, desde o 25 de Abril, humilhou e denegriu, propositadamente e sistematicamente os professores.3 - Que impôs aos professores um ritmo burocrático de trabalho nas escolas que os impede de prosseguir uma preparação lectiva cuidadosa e eficaz, situação que em muito contribui para o insucesso do sistema educativo. 4 - Que provocou a divisão da classe em professores de primeira e professores de segunda, tendo como único objectivo “dividir para reinar”.
Registe-se que, na União Europeia não existe a divisão dos professores em titulares e não titulares. Em parte do nosso país (Açores e Madeira) também não. De assinalar que, em Portugal não existem médicos, engenheiros, advogados, padeiros, deputados, titulares e não titulares.
Porque é que só os professores do continente têm a carreira dividida em titulares e não titulares? Não Obrigado!
5 - Que destruiu a gestão democrática nas escolas, implementando um sistema de gestão anti-democrático, burocrático e ineficaz e que proporciona as condições para uma vivência totalitária e de ausência de liberdade nas escolas. 6 - Que criou um modelo de avaliação inexequível, injusto e absurdo, gerador de conflitos, pela sua natureza subjectiva e pouco transparente, que rouba tempo ao trabalho produtivo dos professores junto dos seus alunos e que impossibilita, de facto, a efectiva realização duma avaliação dos professores; Este modelo de avaliação apresenta uma visão demagógica e redutora da acção educativa, pretendendo lançar sobre os professores o ónus do insucesso escolar, desresponsabilizando, assim, outros intervenientes, a começar pelas famílias, pelos alunos e pelo próprio estado (25 de ministros da educação depois do 25 de Abril, em média um ministro em cada 16 meses), a quem cabe definir as políticas educativas e criar condições para que elas possam ser implementadas tendo em vista o sucesso escolar de todos os alunos.
Registe-se que na União Europeia não existe este modelo, nem nenhum parecido, nomeadamente nos países mais desenvolvidos.7 - Que desde o 25 de Abril, mais ignorou o modo de governar democraticamente, preferindo a imposição, ao diálogo, a mentira, à verdade e persistindo até hoje nessas atitudes.
Pais e E.E, porque é que a quase totalidade dos prof. portugueses, Conselhos Executivos, todos os sindicados, toda a oposição e membros do PS estão contra estas políticas educativas.
Além de professores, também somos Pais e Encarregados de Educação. Também por isso, estamos disponíveis para colaborar em todas as reformas necessárias na escola portuguesa, estamos dispostos a mudar o que urge mudar e pedimos muito pouco em troca: que nos respeitem, que nos oiçam verdadeiramente e percebam que a nossa dignidade é inegociável.
Porque queremos respeito pelo nosso trabalho, uma avaliação justa, credível e não burocrática, uma escola pública de qualidade, mais justa, mais fraterna, mais democrática e com menos desigualdades sociais, estamos em greve.
Por tudo isto, esperamos ter do nosso lado aqueles a quem mais interessa que a Educação neste país seja valorizada e não espezinhada: os Pais e Encarregados de Educação.
Comunicado aos Pais e Encarregados de Educação deste país cada vez mais cinzento e injusto.
PROFESSORES EM GREVE: ESCLARECIMENTO
Exmo. Sr.
Envio-lhe esta carta para exprimir a minha preocupação com o ambiente que hoje se vive nas escolas públicas portuguesas. Os professores sentem-se desmotivados, cansados por um quotidiano de trabalho onde a dedicação ao ensino e aos alunos é cada vez mais lateral, absorvido como é por tarefas burocráticas, por horas a fio de reuniões, por uma sobrecarga de incumbências que em nada contribuem para a melhoria efectiva dos resultados escolares. Vejo que os professores se sentem também continuamente agredidos por uma equipa ministerial apostada em fazer deles uma massa amorfa e obediente, condicionada pelo medo para cumprir mecanicamente a enxurrada de legislação que o Ministério da Educação despeja sobre as escolas. Ministério que, por seu turno, não tem escondido o desprezo por essa classe profissional, teimando em não reconhecer a importância vital da sua função numa sociedade, como a portuguesa, que permanece a braços com um enorme défice de conhecimento e de qualificação. Compreendo, por isso, a inquietude com que muitos docentes encaram a forma como este governo tem procurado mascarar a crise da escola pública, ocultando-a por baixo da promessa ilusória de novas tecnologias da informação, como se elas pudessem, por si só, substituir-se ao processo de transmissão e de interiorização de saberes no qual professor e aluno são protagonistas essenciais. Do mesmo modo, compreendo e preocupo-me perante a denúncia que os professores fazem do fabrico de sucesso escolar artificial e fraudulento, obtido em exames nacionais simplificados ou por meio da pressão que o actual modelo de avaliação dos docentes exerce para estes inflacionarem as classificações dos seus alunos. Face a uma tal manipulação, constato como é falsa a acusação de serem os professores os principais responsáveis pelo insucesso escolar dos jovens portugueses. Verifico, pelo contrário, que os professores estão a remar contra muitas marés que têm conduzido a esse resultado, e que a maior parte delas emana do próprio Ministério da Educação.
Entendo que a causa que, hoje, move o protesto e a luta dos professores não é uma causa corporativa, mas sim uma causa de todos nós, cidadãos empenhados em não hipotecar o futuro das novas gerações de portugueses, cidadãos que percebem a importância de ter uma classe docente valorizada, social e politicamente reconhecida, sem a qual não será possível assegurar um ensino de rigor e qualidade que possa constituir um pilar de uma sociedade moderna e genuinamente democrática.
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