quarta-feira, 10 de março de 2010

Jobs for the boys, versão Lourinhã


SERÁ VERDADE???
parece-me uma história um bocado mal contada... tanto voluntariado e depois ..... !!!!?
Pelo menos ficamos a saber que o filho da senhora ministra (que é lá da terra) não trabalha à borla....!!!!

 Jobs ... the boys, versão Lourinhã



Caro(a)s amigo(a)s

Venho por este meio reportar uma situação que penso pertinente de ser tornada pública.

Eu, Raquel Mendes, sou psicóloga e faço parte duma Associação de apoio social, sem fins lucrativos, na Lourinhã (Associação de apoio psicológico e psicopedagógico Novos Sábios).

A titulo voluntário e gratuito, há já 3 anos consecutivos que disponibilizo os meus serviços de psicóloga (4 horas semanais) à Escola Básica EB2,3 Dr. João das Regras, na Lourinhã, escola sede do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente, naquele município.
A escola sempre teve conhecimento do meu desejo de, se e quando houvesse disponibilidade de verba para tal, ser remunerada pelo meu trabalho, aspiração que penso ser legítima - e muitas vezes fizeram crer que tal aconteceria, se houvesse condições. No entanto a actual direcção diz desconhecer tal facto.

No dia 24 de Fevereiro fui informada de que a Escola (como sede do Agrupamento) tinha contratado os serviços de um psicólogo (serviços remunerados - 12 horas semanais), utilizando verbas de que o Agrupamento dispõe para Assessoria.
Segundo informação do psicólogo contratado, este foi convidado pelo Presidente do Agrupamento (Dr. Pedro Damião) para apoiar o Agrupamento no qual a Escola se insere, devido à falta de técnicos nesta área.

Aparentemente, este facto nada de novo traz, apenas a confirmação de que quem tem amigos tem tudo. No entanto , dado que eu estou lá - sem qualquer remuneração - parecia mais lógico fazerem-me a proposta a
mim, dado que sempre elogiaram o meu trabalho.
Reforçando a ideia, se há assim tanta necessidade de técnicos, e verba para os contratar, seria natural, penso, que tivessem falado comigo, de forma a negociarmos um possível aumento do meu horário na Escola, e o alargamento subsequente do meu apoio às restantes escolas do Agrupamento.
Quando confrontei um elemento da direcção executiva sobre esta situação a resposta foi - "nós não sabiamos que a Dra estava interessada" (bizarro!)

Será que tenho que fazer como o Mário Crespo e andar por aí com uma T-shirt dizendo "Também quero ser remunerada"?
Será que os meus serviços só servem porque são gratuitos?

O que mais me intriga é o facto de o psicólogo contratado pelo Agrupamento (Dr. Miguel Jorge Carvalho) ser filho da Dr.ª Ana Jorge (Ministra da Saúde). Tratar-se-á de mais uma instância dos "jobs for the boys"?

Obrigada pela vossa atenção
Raquel Mendes

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