Crise/Combustíveis: "Buzinão" nacional marcado para dia 17 visa governo que "assobia para o lado"
Lisboa, 11 Jun (Lusa) - Buzinas contra combustíveis caros: o Movimento de Utentes de Serviços Públicos promove um "buzinão" nacional dia 17, tendo como destinatário um governo que os organizadores do protesto acusam de "assobiar para o lado" enquanto os preços sobem.
O apelo do MUSP, que afirma reunir "centenas" de comissões de utentes por todo o país destina-se sobretudo a interpelar o governo para que "crie condições para que os aumentos [de combustíveis] não sejam sempre suportados pelas mesmas pessoas", disse à Agência Lusa Carlos Braga, porta-voz do movimento.
"Queremos que seja uma acção de rua a nível nacional, com a participação da população. Não é tolerável que o governo assobie para o lado e deixe arrastar esta situação", afirmou Carlos Braga.
O MUSP está a contactar "comissões de utentes, estruturas sindicais, associações de transporte de mercadorias e colectivo de passageiros, federações do táxi" para aderirem ao protesto e organizarem os seus próprios "buzinões" a nível local.
A hora marcada para as buzinas se ouvirem é entre as 17:45 e as 18:00 de dia 17.
Entre as Comissões que já aderiram encontram-se as dos utentes do concelho de Almada, Sesimbra e Seixal que em comunicado apelam à participação da população e alargam a hora do protesto: o apelo é para os automobilistas protestarem na ponte 25 de Abril entre as 07:00 e as 09:00 e à tarde, entre as 17:00 e as 19:00.
Em Lisboa, os locais apontados para concentrações de protesto e "buzinão" são para já Alcântara, Marquês de Pombal, Parque das Nações e Entrecampos, mas o MUSP deverá na próxima sexta-feira divulgar com certeza os locais definitivos por todo o país.
Entre os argumentos invocados para o protesto está o "agravamento das condições de vida para as famílias" dos aumentos do preço dos combustíveis e outros aumentos que são sua consequência.
O MUSP defende medidas como redução do preço e diminuição de imposto sobre o gasóleo destinado às empresas transportadoras de mercadorias e passageiros.
Carlos Braga afirmou que o protesto divulgado hoje não está directamente relacionado com os bloqueios promovidos por empresas de transporte que desde domingo estão a ser realizados pelo país.
"Esta é uma acção que temos vindo a amadurecer há mais tempo, vendo que aceitação poderia ter e decidimos avançar quando tivemos respostas positivas", salientou.
APN.
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