quinta-feira, 31 de março de 2011

Artigo de Pedro Afonso - Médico psiquiatra

Para reflectir com uma mente desperta

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das  crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural  que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que  podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100
casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.


Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e  produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de  três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a  casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho        presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição        da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, ( e os que ganham menos digo eu.....os reformados)  enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. 
Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando  já há muito foram dizimados pela praga da miséria.
Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com  responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.
E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso
Médico psiquiatra

A culpa - por António Bagão Félix

A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.
Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.
A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.
A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do 'rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.
A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.
A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da 'pen'. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.
A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.
A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.
A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.
A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.
Há sempre "novas oportunidades" para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.
No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa... já foi.

António Bagão Félix, Economista
Diário Económico

terça-feira, 29 de março de 2011

Prisão efectiva para estes bandalhos!

Dão de gorjeta mais do que nós pagamos por duas ou mesmo tres refeições.
Pede-se prisão efectiva para estes bandalhos.


Isto é revoltante!!Prisão efectiva para estes bandalhos e para quem lhes dá cobertura.
Ora cá está do que se fala!

Como é possível !?!
Reparem na hora de pagamento...
Isto num País a sério além de terem de ressarcir os Contribuintes iam todos presos.
 
Gestores com oito cartões de crédito
Os ex-administradores da GEBALIS (empresa municipal da CM Lisboa) Francisco Teixeira, Clara Costa e Mário Peças receberam, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, oito cartões de crédito daquela empresa municipal. O limite de crédito atribuído àqueles ex-gestores oscilou entre cinco mil euros e dez mil euros por mês. O despacho de acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, diz que, 'no início do mandato, a cada um dos arguidos foram fornecidos cartões de crédito', apesar de haver 'uma omissão legal e dos próprios Estatutos da Gebalis [sobre essa regalia]', segundo o relatório da Polícia Judiciária.

A Francisco Ribeiro, ex-presidente da Gebalis, foram dados, segundo o despacho de acusação, três cartões de crédito: um do BES com limite de 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Mário Peças, ex

Já Clara Costa contou com um cartão de crédito do BES com um limite de crédito de 7500 euros e outro do Millennium bcp com cinco mil euros. À excepção do cartão de crédito do BPI atribuído a Mário Peças, todos os cartões tiveram vários números e diferentes datas.

'Com os respectivos cartões de crédito em seu poder, cada um dos arguidos decidiu que os utilizaria para pagamento das despesas relativas a refeições suas e com amigos e outras pessoas de cujo convívio poderiam beneficiar no seu percurso profissional, político ou financeiro, quer nos dias de trabalho, quer em férias ou fins-de-semana, quer, ainda, no decurso de viagens ao estrangeiro', precisa o despacho de acusação do Ministério Público.
Ontem, Clara Costa manifestou a sua 'total inocência'.

De Março de 2006 a Outubro de 2007, Clara Costa gastou 11 530 euros em refeições com o cartão de crédito.
40 145 euros foi a despesa de Mário Peças em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.
12 738 euros foi o gasto de Francisco Ribeiro em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.


REFEIÇÕES EM RESTAURANTES DE LUXO

MÁRIO PEÇAS RESTAURANTE DATA/HORA VALOR Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-02-006 begin_of_the_skype_highlighting              11-02-006      end_of_the_skype_highlighting / 17h12        134,50 euros+10,5 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-03-2006 / 17h09       304,40 euros + 25,6 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-04-2006 / 15h10       233.55 euros + 16,45 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 21-05-2006 / 16h05       237.75 euros + 12,25 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 10-06-2006 / 15h20   217.60euros + 12,4 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2006 / 15h32      261.70 euros + 18,3 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 09-07-2006 / 15h37    253.20 euros + 16,8 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 27-08-2006 / 15h23     247.85 euros + 22, 55 euros de gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-11-2006 / 16h56       372.35 euros + 27,65 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 25-11-2006 / 16h25     305.40 euros + 24,6 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 14-01-2007 / 16h35     281.20euros + 38,8 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-05-2007 / 16h25     325 euros + 25 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2007 / 16h01      287.30 euros + 22,7 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-09-2007 / 14h43       251.45 euros + 28,55 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 20-10-2007 / 16h11    310.85 euros + 29,15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-12-2006 / 16h09     223.50 euros + 16,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 04-12-2006 / 15h58     142 euros + 18 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 14-12-2006 / 16h42     471.20 euros + 28,8 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 05-01-2007 / 15h27     206.50 euros +23,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 29-01-2007 / 16h52     262.50 euros + 27,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-03-2007 / 15h36     212.50 euros + 17,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 08-03-2007 / 15h42     225 euros + 25 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 10-03-2007 / 15h04     180.890 euros + 39,1 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 27-03-2007 / 21h50     147 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 28-03-2007 / 14h54     185.30 euros +14,7 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 18-04-2007 / 16h00     458.60 euros + 21,3 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 25-05-2007 / 14h59     318 euros +32 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 12-06-2007 / 22h52     206.90 euros + 13,1 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 25-07-2007 / 15h13     129.40 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-08-2007 / 16h06     209.40 euros + 10,6 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 28-08-2007 / 15h25     167.60 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 29- 08- 2007 begin_of_the_skype_highlighting              29- 08- 2007      end_of_the_skype_highlighting / 14h56 141 euros + 19 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 18-09-2007 / 15h56     217.30 euros + 22,7 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 17-10-2007 / 15h38      151 euros Varanda da União s/ data     106 euros + 9 euros gratificação
Varanda da União 20-02-2006     137.75 euros + 12,25 euros gratificação
Varanda da União 16-03-2006     212 euros + 18 euros gratificação Varanda da União 29-05-2006     141.50 euros + 13,5 euros gratificação Varanda da União 26-06-2006     90 euros + 10 euros gratificação Varanda da União 30-10-2006     817 euros + 53 euros gratificação Varanda da União 29-11-2006     112 euros + 13 euros gratificação Varanda da União 18-12-2006     223.25 euros + 21.75 euros gratificação Varanda da União 10-04-2007     204 euros + 16 euros gratificação Varanda da União 17-04-2007     110 euros + 10 euros gratificação Varanda da União 10-08-2007     153.25 euros + 16.75 euros gratificação António do Barrote 03-08-2006     125.95 euros + 14.05 euros gratificação António do Barrote 17-08-2006     208.95 euros + 11.05 euros gratificação
António do Barrote 18-01-2007     144.50 euros + 15.5 euros gratificação
António do Barrote 13-03-2007     188.85 euros + 21.15 euros gratificação
António do Barrote 29-05-2007     160.85 euros +  14. 15 euros gratificação Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 01-09-2006     96.10 euros + 8,9 euros gratificação
Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 07-09-2006     65 euros + 5 euros gratificação
Restaurante o Terreiro do Paço 31-10-2006     213.30 euros + 11,7 euros gratificação
O Nobre 02-11-2006     190 euros + 9,12 euros gratificação
O Nobre 13-11-2006     149.30 euros + 10.7 euros gratificação
Jardim Visconde da Luz (Cascais) 05-11-2006 198.90 euros + 11,1 euros gratificação
Restaurante A Gondola 15-11-2006 105.30euros + 24.7 euros gratificação
Atanvá 30-11-2006 89.70 euros + 5,3 euros gratificação
Atanvá 29-03-2007 194.70 euros + 25.3 euros gratificação
Atanvá 30-07-2007 62.20 euros +  17,8 euros gratificação Atanvá 16-08-2007 62.30 euros +   7,7 euros gratificação Atanvá 27-08-2007 72.55 euros +  7,45 euros gratificação Atanvá 28-08-2007 114.50 euros +  10.5 euros gratificação Atanvá 13-09-2007 152.90 euros + 17,1 euros gratificação Atanvá 11-10-2007 56.80 euros + 8,2 euros gratificação
Antavá 23-10-2007 73.55 euros + 6.45 euros gartificação Restaurante Paberesbares 12-12-2006 131.50 euros + 13.5 euros gratificação
Restaurante Paberesbares 03-10-2007 113 begin_of_the_skype_highlighting              03-10-2007 113      end_of_the_skype_highlighting euros + 17 euros gratificação 
Restaurante O Cortador 13-12-2006 152.20 euros + 17,8  euros gratificação O Jacinto 15-12-2006 125 euros + 15 euros gratificação  O Jacinto 17-12-2006 98.95 euros + 10.05 euros gratificação O Jacinto 11-04-2007 158.65 euros +   11.35 euros gratificação Tico Tico 11-03-2007 97.95 euros + 12.05 euros gratificação A Laurentina 13-04-2007 61.20 euros +  13.8 euros gratificação Taberna Ibérica 04-06-2007 199.60 euros +  20.4 euros gratificação O Mercado do Peixe 14-06-2007 160.68 euros + 17.32 euros gratificação Le Petit 26-07-2007 68.20 euros +  6.8 euros gratificação O Polícia 22-08-2007 152.20 euros + 17,8 euros gratificação
Casa Gallega 16-08-2007 227.90 euros +  7.1 euros gratificação Marisqueira Cais Sodré 19-09-2007 89.10 euros  + 10.9 euros gratificação Belcanto 27-09-2007 102 euros  + 13 euros gratificação Belcanto 24-10-2007 77 euros + 8 euros gratificação 1º Direito 04-10-2007 57 euros + 6 euros gratificação
O Galito 29-10-2007 57.55 euros +  7.45 euros gratificação Ritz Four Seasons (Lisboa) 20-07-2006 321.75 euros +  28.25 euros gratificação Ritz Four Seasons (Lisboa) 25-01-2007 110 euros 
Sete Mares 16-04-2007 510.45 euros + 39.55  euros gratificação Sete Mares 25-07-2007 251.25 euros + 18.75 euros gratificação Vela Latina 31-03-2006 99.60 euros + 11,4 euros gratificação
Tertúlia do Paço 20-03-2006 112.20 euros + 7.8 euros gratificação
Restaurante XL 27-03-2006 106.05 euros + 8.95 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 08-05-2007 / 15h43 170.10 euros + 14,9 euros gratificação
Restaurante Paberesbares s/ data 130.50 euros +9.5 euros gratificação
Varanda da União 06-09-2006 102.25 euros + 7.75 euros

FRANCISCO RIBEIRO
Francisco Ribeiro efectuou pagamentos de refeições, utilizando cartões de crédito do BES (...) a partir de 31-05-2007 (...), do BPI (...) a partir de Setembro de 2007 (...) e Millenium (...) a partir de Março de 2007, num valor mensal aproximado e distribuídos pelos seguintes números de dias:
Mês Nº dias Valor/Mês
Março 06    13        794,00 euros
Abril 06        13               415,28 euros Maio 06       10         321,35 euros
Junho 06    14         675,43 euros  
Julho 06      13         302,19 euros Agosto 06    8         629,29 euros
Setembro 06 14    729,27 euros
Outubro 06 9           297,98 euros
Novembro 06  8      163,41 euros
Dezembro 06 4     295,00 euros
Janeiro 07    4         158,00 euros
Fevereiro 07 6       245,00 euros Março 07 7                 508,00 euros
Abril 07      10         839,00 euros
Maio 07     13         1100,00 euros
Junho 07 13         610,00 euros
Julho 07    8                 770,00 euros
 
Mas que País é este? Onde é que está a crise pra esta gente? Porque é que as cadeias não se abrem para receberem esta gentinha e quem os protege?
REFEIÇÕES
-vogal da empresa, teve também três cartões de crédito: um do BES com 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Particulas radioactivas nos céus da Europa..... nos céus deste planeta azul



Açores atingido por radioactividade das emissões de Fukushima

Investigador avança que "vestígios mínimos" de partículas de gás 'Xenon 133' não causam risco para a saúde

Partículas de gás 'Xenon 133', resultantes da central nuclear de Fukushima, no Japão, foram detectadas nos Açores, afirmou hoje o investigador universitário Félix Rodrigues, adiantando que os "vestígios mínimos" encontrados não causam perigo para a saúde.

"Pelo estudo de modelação efectuado à coluna de ar da atmosfera, idêntico ao realizado pela maioria dos países, podemos concluir que a maioria das partículas atinge particularmente os EUA e o Canadá, estando os Açores numa situação razoável", acrescentou este especialista da Universidade dos Açores.
Félix Rodrigues salientou que "a modelação baseou-se nos dados disponibilizados pelos EUA e Europa do Norte", que indicam ter sido o 'Xenon 131' o primeiro a chegar, mas sem consequências para a saúde, porque "as quantidades são mínimas e desfazem-se em meia dúzia de dias".
Mais perigosos são o 'Césio 137' e o 'Estrôncio 90', que se "depositam no solo e cuja radioactividade só se reduz a metade passados trinta anos".
O investigador frisou, no entanto, que "a modelação efectuada a uma altitude de 2.500 metros indica que está a chegar (o Césio 137) em pequenas quantidades e não aponta para que venha a descer para o solo".
Félix Rodrigues adiantou que, "quando se analisam os dados a uma altitude de 5.000 metros percebemos que, neste momento, esses elementos estão a atingir a Península Ibérica e, de uma forma geral, a Europa".
O transporte das matérias radioactivas, de acordo com o investigador, faz-se sobretudo através das correntes de jacto (jet stream) na estratosfera, movendo as massas de ar em altitude de Oeste para Leste.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Geração à rasca, Mia Couto

Geração à Rasca - A Nossa Culpa


Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem  Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde  uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a  informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem  são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Prémio OscarAlho (Março11)

Na 1ª edição deste prémio o OscarAlho do mês vai para o Zé Balelas, pela - extraordinária - opção que tomou: a demissão.
Vamos lá ver o que é que vai fazer da vida; deve ter (mais) algum "tacho" à sua espera; não é menino para ir trabalhar com'ós outros.
Vai e não voltes!

PEC V

Governo entregou ontem no Parlamento a versão revista do PEC, que promete agravar mais a vida dos portugueses. Conheça as medidas.
1 - Corte nas deduções no crédito à habitação
Os encargos com novos contratos de crédito à habitação vão deixar de ter deduções no IRS. Actualmente, os contribuintes podem deduzir 30% dos encargos com juros e amortização das dívidas contraídas com a compra de casa até um limite de 591 euros, mas o Governo - caso as medidas do PEC sejam aprovadas - propõe-se acabar com esta dedução. O Governo explica a medida com "o elevado peso do crédito à habitação no total do crédito concedido a particulares".
2- Limites às deduções no IRS
Quem se prepara para comprar casa terá, assim, uma dupla limitação à dedução das despesas com a casa: é que além destas alterações, o Governo já disse que vai introduzir limites às deduções e benefícios fiscais, aplicáveis a todas as despesas como com a saúde, educação, casa, entre outras.
A introdução dos tectos às deduções e benefícios fiscais já tinha estado em cima da mesa no ano passado, mas a medida acabou por ser 'aligeirada' por pressão do PSD, nas negociações do Governo para aprovar o Orçamento do Estado para 2011 (OE/11). Os dois primeiros escalões ficam isentos destes limites e os dois últimos já têm limites às deduções até 1.100 euros.
3 -Pensionistas vão pagar mais IRS
Os pensionistas também terão a sua carga fiscal agravada. O Governo quer retomar o alinhamento da dedução específica de IRS dos pensionistas com os trabalhadores por conta de outrem. Significa que "a conclusão da convergência no regime de IRS de pensões e rendimentos do trabalho". Isto significa que o montante sobre o qual não incide imposto - que actualmente é de seis mil euros - será de 4.104 em 2012, obrigando os pensionistas a pagar mais IRS em 2013. Com a medida, o Governo vai arrecadar mais 29,5 milhões de euros (ou 0,15% do PIB).
4 - Empresas e particulares pagam mais 865 milhões
O PEC volta a anunciar nova revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais em sede de IRC e IRS, garantindo mais 865 milhões de euros de receita fiscal nos próximos dois anos. O ganho de receitas estimado corresponde a 0,4% PIB [692 milhões] em 2012 e a 0,1% PIB [173 milhões] em 2013", lê-se no documento. No próximo ano, metade da receita estimada (0,2%) representará um acréscimo de carga fiscal sobre as empresas: 346 milhões de euros. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) tinha já avançado ao Diário Económico que "é bom ter presente que no final deste ano caducam automaticamente muitos dos benefícios previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais". Sérgio Vasques alertou mesmo: "temos, por isso, a obrigação de ponderar o que deve ou não sobreviver em que termos". Uma revisão de deduções e benefícios fiscais que, diz, abrangerá, essencialmente, as grandes empresas".
5 - IVA pesa mais 692 milhões aos contribuintes
A racionalização das taxas de IVA pesará mais 692 milhões de euros nos bolsos dos contribuintes. A maior fatia de 519 milhões está prevista para 2013 e no próximo ano a revisão da estrutura das taxas de IVA levará os cofres do Estado a encaixar mais 173 milhões de euros. Os principais alvos poderão voltar a ser os bens com taxas reduzidas e intermédias como os leites achocolatado e bebidas e sobremesas lácteas, que o Governo queria aumentar de 6% para 23% e que na sequência do acordo com o PSD, para o OE/2011, acabaram por se manter.
6 - Impostos ao consumo aumentam
A actualização dos impostos específicos sobre o consumo (IEC) é uma das novas linhas de orientação do PEC. Na mira do Governo está fundamentalmente aumentar a tributação automóvel no próximo ano.
7 - Plano de Poupança para funcionários
Para acabar com a "inércia no acto de poupar", o Governo quer avançar com uma nova medida que, diz, ajudará a estimular a poupança. O objectivo é promover a criação por parte das famílias de um 'Plano de Auto-Poupança Individual' não só para trabalhadores no activo mas também para reformados e "beneficiários de subsídios pagos pelo Estado". Da proposta do PEC para 2011-2014, entregue ontem no Parlamento presume-se que estão em causa apenas funcionários do Estado. A adesão será "voluntária" e prevê que se possa "aplicar, de forma automática e periódica, um aparte da remuneração/pensão de reforma/subsídio em produtos de poupança à sua escolha".
Dentro das medidas destinadas à "promoção da poupança e redução do endividamento", está previsto "o alargamento do perímetro de supervisão aos mediadores de crédito", agentes que aconselham na contratação de produtos bancários, nomeadamente créditos.
8 - Mais cortes na educação
O Governo quer poupar 450 milhões de euros em 2012 e 2013 com a reorganização da rede escolar e a racionalização de recursos das escolas. Estas são duas das medidas apresentadas na proposta de actualização do PEC, apresentado ontem no Parlamento, e permitem poupar 300 milhões de euros em 2012 e 150 milhões de euros em 2013. O PEC IV diz que as escolas vão aderir aos contratos de Agência Nacional de Compras Públicas e que as escolas do 1º ciclo do Ensino Básico com menos de 21 alunos vão encerrar. A reorganização de agrupamentos escolares vai continuar e os sindicatos já avançaram que serão 280 os novos mega-agrupamentos no próximo ano lectivo. O PEC IVrefere, ainda, que vão ser revistos os calendários da construção de equipamentos escolares que estavam previstos para 2011.
9 - Salário mínimo em causa
Quando voltar à concertação social, em Maio e Setembro, para discutir o aumento do salário mínimo, o Governo vai proceder "à avaliação da situação económica". O compromisso de chegar este ano aos 500 euros num dos dois momentos de revisão é assim posto em causa, conforme já tinha sido indiciado na carta que o Executivo enviou a Bruxelas e que motiva fortes críticas dos sindicatos. A actualização do PEC garante ainda que "não existem compromissos de aumentos adicionais no futuro e qualquer decisão será também condicionada pela situação económica, bem como pelo impacto do salário mínimo no funcionamento do mercado de trabalho regional e sectorial".
10 - Subsídio de desemprego reavaliado
O PEC salienta que o regime do subsídio de desemprego será avaliado a partir de Julho (um ano depois de entrarem em vigor as novas regras) - uma reapreciação que já estava prometida desde que os parceiros sociais negociaram as mudanças. O PEC diz que o objectivo da avaliação é "aumentar a empregabilidade dos beneficiários e melhorar a sustentabilidade do sistema". Mas, na carta enviada a Bruxelas, o Executivo dizia que em causa estava também a revisão das regras hoje aplicadas a diferentes grupos de beneficiários e evitar a dependência do subsídio.
11 - Novo aumento do preço dos transportes
O Governo prepara a actualização extraordinária das tarifas no sector dos transportes, "o que se reflectirá numa poupança adicional de 0,1% do PIB", sublinha o documento referente ao PEC IV, ontem distribuído.
12 - Cuidados de saúde em risco
Os hospitais empresa (EPE) vão sofrer novos cortes nos custos operacionais, o que poderá por em causa a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde. A versão final do PEC IV prevê uma redução de 5% nos custos operacionais dos EPE em 2012 e 4% em 2013, o que permitirá ao Estado uma redução de despesa de 180 milhões nestes dois anos.
O documento ontem entregue no Parlamento prevê outras medidas que vão pesar no bolso dos portugueses. A "revisão do regime de comparticipações" dos medicamentos continua inscrita no PEC IV. Depois do Governo ter decidido não descer o preço dos remédios em Abril, em troca de um acordo com a indústria, o corte nas comparticipações implica um aumento certo na factura da farmácia a pagar pelos doentes. Os beneficiários da ADSE também verão reduzidas as tabelas de comparticipações.
13 - Mais flexibilidade laboral
O PEC sublinha que as mudanças nas indemnizações por despedimento só se aplicam a novos contratos mas - tal como já tinha sido referido pelo Governo - também refere que deverá ocorrer uma avaliação do regime até final do ano que aprecie o impacto "nas compensações aplicáveis a contratos existentes negociados através de mútuo acordo entre trabalhadores e empregadores". Actualmente, não existem limites às compensações no caso de despedimento "negociado" ainda que muitas vezes seja tida como referência as indemnizações aplicadas às restantes situações de cessação de contrato. O Governo também quer encorajar, no seio da negociação colectiva, o aumento da flexibilização de tempos de trabalho no caso dos montantes devidos por horas extraordinárias e do "período de referência para apurar a média do trabalho". Além disto, o Executivo também se compromete a ter em conta o impacto na competitividade dos sectores e empresas quando está em causa a extensão de convenções colectivas (à generalidade do sector) e a optimizar procedimentos ao nível do despedimento individual e colectivo.
14 - Segurança Social reforça controlo à fraude
O Governo vai alargar o universo de fiscalização nos casos de doença, nomeadamente quando estejam em causa pessoas "com reincidências de baixas médicas".
O PEC IV também garante que "será reforçado o controlo de recusas de emprego". Isto já depois de a revisão do subsídio de desemprego discutida no ano passado entre parceiros sociais ter prometido o acompanhamento de metade das entrevistas de emprego em áreas e sectores específicos.
O Executivo também quer reforçar o processo de emissão de Declarações de Remunerações oficiosas, que acontece quando a empresa não entrega este documento, sub-declara remunerações ou omite a existência de trabalhadores.
Prevê-se ainda "o controlo de pagamentos de prestações avultados" bem como a redução de pagamentos indevidos nas prestações familiares (como abono de família) e de desemprego e ainda a reavaliação semestral de prestações sociais.
Em causa está também um maior controlo da frequência de equipamentos sociais com acordos de cooperação com a Segurança Social. Por outro lado, os vários mecanismos que contribuem "para uma mesma modalidade de protecção" vão ser também alvo de intervenção.
15 - Aumento moderado das pensões mais baixas
As "pensões mais baixas" vão ter um aumento moderado. Já as pensões acima de 1.500 euros vão ser sujeitas a uma 'Contribuição Extraordinária de Solidariedade' (já iniciada em 2010 para pensões acima de 5.000 euros, no montante que exceda aquele valor). Este desconto será aplicado "de forma similar à utilizada na redução das remunerações da administração pública em 2011", avança o PEC.

domingo, 13 de março de 2011

Novo impresso simplificado de IRS para 2011


Como funciona o Mundo Corporativo...

Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.
A formiga era produtiva e feliz.

O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.

E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.

A barata, então, contratou uma mosca e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.

Mas, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o besouro mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. '
Já viu esse filme antes?
Bom trabalho a todas as formigas!!!

José Régio (actualíssimo)


Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos – só! – por seu ofício
Receber, a bem dele… e da nação.

(José Régio, 1969)

Outro escândalo... denunciar é exercer a cidadania!!


QUEM É ESTA FULANA?
220.000 contos/ano  ou 15.700 contos/Mês
...A NOVA CEO da EDP Renováveis
...que só vai dar dividendos em 2020!!!
ESPALHEM MAIS ESTE ESCÂNDALO:
Salário Milionário


Com uma remuneração anual fixa de 384 mil euros (cerca de 77.000 contos) para 2008, à qual acresce uma contribuição para o plano de pensão e ainda um prémio anual e um prémio plurianual para períodos de três anos, cada um dos quais até uma verba máxima de 100% do salário base.
Ou seja, se todos os seus objectivos de desempenho forem cumpridos, Ana Maria Fernandes receberá mais de 1,1 milhão de euros (220.000 contos) no seu primeiro ano como presidente de EDP Renováveis após a entrada da empresa na bolsa. Os valores mencionados constam do contrato de admissão.



 Em 2009 só ganhou 2.240.000,00 €,  160 000, 00€ por mês…


Comentário de Júlia P. Brito

Por onde anda o nosso dinheiro

São quase 200 salários mínimos ou seja são precisos 200 portugueses com o salário mínimo para perfazerem o vencimento de um só trabalhador. Como é possível ? É pior do que no Futebol. Assim a EDP obriga os clientes a pagar os erros da sua gestão, como nas dívidas incobráveis que quer exigir aos pagadores honestos.

...e depois Portugal continua a aumentar o nº de pessoas pobres (que já vai em 22% da população). Continuamos a perguntar: Que país é este ?

...e estes "ladrões" que tanto se defendiam dizendo que no "tempo da outra senhora" era isto e aquilo. Para quê ? Para justificarem os seus "assaltos" continuados e quase descarados ? Só se um regime dito democrático também é isto ! Não será também por estes exemplos (que vêm de cima) que outro tipo de ladrões anda agora por aí, com grande força ?


Denunciar é exercer a cidadania.

Socratíadas

Aos grandes e aos varões sacrificados
Que nesta ocidental praia lusitana
Em tempos quase sempre conturbados
Ajudaram a que passasse a caravana
Contra traidores, gatunos e drogados,
Livrem-nos, por favor, deste sacana.
É o que ardentemente hoje vos peço
E, se o conseguirem, muito agradeço

Nos tempos em que Guterres governava
Vivia-se até melhor que hoje em dia.
E o Sócrates Pinto de Sousa militava
lá nas fileiras da Social-Democracia.
Desse Zé Ninguém não se espr'ava
O vil trafulha em que ele se transformaria.
E venho eu, Camões, da língua o Pai
Explicar-vos com "isto" por cá vai…

Estavas , jovem Zé, muito contente,
Com o teu Diploma já adquirido
Nessa tal Universidade Independente,
Com fraudes e artimanhas conseguido,
Assinando projectitos de outra gente
Pois que, para nada mais foste intruído.
Mas sendo um refinado vigarista,
Logo te inscreves no Partido Socialista.

Com muita lábia, peneiras, arrogância,
Depressa ousou chegar a Deputado,
E mesmo apesar de tanta ignorância
P'ra Secretário de Estado foi chamado.
E nas burlas, trafulhices e jactância,
Em que esteve nesses tempos embrulhado,
Terá sido nesse ambiente assaz sinistro
Que obteve competências p'ra Ministro.

E TU, sábio Cavaco, agora me ensina
Como posso tirar este gajo do poleiro
Pois não passa de uma ave de rapina
Mas já é segunda vez nosso Primeiro.
Mandai-o p'ra bem longe, África ou China
Já que o não podes mandar p'ró Limoeiro.
É que eu estive lá, e aquilo que acho
É que ele só sairá com um Grande Tacho!

Que seja pelos pecados deste Povo,
Teimoso no seu votar sempre às cegas,
P'ra depois implorar p'ra ter de novo
Alguém que seja outro João das Regras
Que o leve sem receios a votar
Num émulo do Oliveira Salazar!
Luis Vesgo de Camões…


Como é que um povo que tem tanta imaginação para gozar com a sua desgraça, não a tem para lhe pôr fim ?

Frase conclusiva da década

Os chineses dão-nos cada lição...



Para os chineses, 2009 foi o ano do BOI e este ano é o do TIGRE.
Felizes são eles que, a cada ano, trocam de animal.

Nós já estamos há 7 anos com o mesmo burro!...

Petição "Pela realização de Concursos Interno e Externo do pessoal docente da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário em 2011, na RAA"»


"Pela realização de Concursos Interno e Externo do pessoal docente da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário em 2011, na RAA"

http://www.peticaopublica.com/?pi=SDPA


Subscreve a petição aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=SDPA e divulga-a pelos teus contactos.

Profissão do pai

A professora pergunta na sala de aula:
Pedrinho qual a profissão do teu pai?
- Advogado, senhora professora.
- E a do teu pai, Marianinha?
- Engenheiro.
- E a do teu, Aninhas?
- Ele é médico.
- E o teu pai, Joãozinho, o que faz?
- Ele... Ele... Ele é dançarino numa boite gay!
- Como assim? Perguntou a professora, surpreendida.
- Senhora professora, ele dança numa boite vestido de mulher, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas, os homens passam-lhe a mão e põem notas no elástico da tanguinha e depois saem para fazer um programa  com ele.
A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos o Joãozinho.Dirigiu-se ao garoto e  perguntou novamente:·
- Menino, o teu pai faz isto realmente?
- Não, senhora professora. Agora que a sala está vazia, já posso falar!  Ele é assessor do Sócrates, mas eu tenho uma vergonha enorme em falar  nisso à frente dos meus colegas!...

terça-feira, 8 de março de 2011

Software precisa-se (urgente)

Manel Joquim - profissão lésbica

Quatro pacientes estão reunidos.
O terapeuta pede que todos se apresentem, digam qual é sua actividade e que comentem porque a exercem.
O primeiro diz:
- Chamo-me Francisco, sou médico porque me agrada tratar da saúde e cuidar das pessoas.
O segundo apresenta-se:
- Chamo-me Ângelo. Sou arquitecto porque me preocupa a qualidade de vida das pessoas e como vivem.
 A terceira diz:
- Chamo-me Maria e sou lésbica. Sou lésbica porque adoro mamas e rabos femininos e fico louca só de pensar em fazer sexo com mulheres.
Faz-se um silêncio... Então o Alentejano diz:
- Sou o Manel Joquim e até há pouco achava que era pedreiro, mas acabo de descobrir que sou Lésbica...

Um video a não perder, pela sua saúde.

"O meu dever é falar..." por Santana Castilho in Público de 19/01/2011