terça-feira, 29 de junho de 2010

Qu'remos almoçar com o Jerivásio, Por Favor!

O ano findou. Foi duro.

O árduo caminho trilhado, entre vales e montanhas, florestas e desertos, ventos e vendavais, serras e planícies, secas e dilúvios, grutas e glaciares, pestes e pragas, fomes e farturas, Martes, Vénus e Bacos, ao tórrido sol ou ao gélido ré#, nunca nos demoveu da peregrinação diária, em busca da verdade inquestionável e do conhecimento supremo, às Portas do Sol.

E o que encontrámos? NADA! O Vazio. Ele mesmo.

Nem a mais ténue frequência do seu hilário e mutleyriano cunho, em gastronómicas tertúlias escutado; raras e lendárias lendas, contadas de geração em geração, desde tempos ancestrais e até ao fim dos tempos. “O gay florista que sorria”, a mais intrépida e arrepiante lenda, também a mais conhecida.

Da sua presença, apenas vestígios fósseis de umas míseras beatas, de uns cigarros já cadáveres e inóquos, embrulhados em serões jerivázicos, que jazem inertes na caldeira de uma árvore, que já nem sabia a idade, aguardando os açoites de uma qualquer vassoura municipal. Serão atiradas para uma vala comum, de PVC cinzento, e não mais serão vistas. Delas restará a memória de uma vaga lenda, contada

Por isso, chega de solidão e de enganos!

Basta de promessas por cumprir e o Manuel dos Plásticos à presidência!

Não te cales! Faz ouvir a tua voz e diz:

Para o ano que vem,

Qu'remos almoçar com o Jerivásio, Por Favor!

Catano.


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