quinta-feira, 30 de julho de 2009

Concurso de ideias

Data: 19 de julho de 2009 12:00:00 GMT+01:00
Assunto: Concurso de ideias
Origem: Jacarandá
Autor: António Barreto

.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, acumula as suas funções com as de Presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção. Ainda bem. Trata-se de pessoa de confiança, séria e com vontade de servir o público. Como presidente do Tribunal, já nos habituou a um trabalho competente. Vários dos seus relatórios foram impiedosos com as práticas da Administração menos cuidadosas. Agora, ao fim de um ano no citado Conselho, tornou público o seu primeiro relatório, fruto de um imenso trabalho de inquérito aos procedimentos dos serviços do Estado destinados a prevenir a corrupção, os quais, aliás, são considerados insuficientes. Espera-se que venha mais. Este conselho não investiga, não julga, nem remete processos para a polícia. Mas o que temos, agora, é uma excelente base de trabalho. Sem parangonas de jornais e sem histórias picantes, este inventário ficará como um roteiro para actuação futura, um diagnóstico às fragilidades dos serviços e um inventário dos elos fracos. Os corruptos que se cuidem: estão sob observação. E o "observador" não é daqueles que se deixa facilmente convencer por argumentos de afinidade. Sabe-se, por exemplo, que se interessou recentemente pelo terminal de contentores, o que bastou para criar enorme expectativa.

Este relatório vem a ponto. Já não vai ter efeitos na presente legislatura, mas os próximos governantes não podem dizer que não sabiam. Os jornalistas não podem invocar a opacidade destes fenómenos. E os magistrados terão mais dificuldade em desculpar. Talvez os corruptíveis tenham mais receio e os corruptores tenham mais pudor. Mais interessante ainda: será talvez um ponto de partida para uma atenção redobrada com estes factos. Depois do chumbo dos projectos de lei de Cravinho, é talvez a este propósito, o facto mais interessante.

Toda a gente sabe histórias da corrupção, mas ninguém as conta. Quando acontece alguém contar, há sempre, entre a política conivente e a justiça complacente, soluções estranhas que vão da multa insignificante à prescrição, passando pela absolvição por falta de provas. Nestes casos, "não saber" é desculpa. Como o é o argumento de que "todos faziam" ou "era assim que se fazia". Ou, finalmente, o pretexto de que foi "para bem das populações", santo-e-senha da demagogia e da virgindade democrática. As colossais fortunas obtidas, em tempo recorde, por gestores públicos, ex-políticos, antigos altos funcionários e autarcas não impressionam ninguém, muito menos a justiça. Quando se pensa que servir os partidos é a mesma coisa que servir a democracia, não se pode esperar outra coisa. Quando se estabelece, como critério moral, a competitividade de tudo quanto vive, pessoas, empresas, administrações, políticos, cidades e países, abre-se a porta ao demónio da corrupção e fecha-se a da justiça. Quando se sabe que a corrupção ilegal tem, frequentemente, como origem, actos legais (nomeações, subsídios, adjudicações e concursos), ninguém se deve surpreender com os efeitos devastadores do mau exemplo dado pelos dirigentes.

Em tempos de campanha eleitoral, todos os partidos vão condenar a corrupção. Mesmo os que com ela convivem. Talvez valha a pena aproveitar a oportunidade. Em vez de denunciar casos concretos, actividade a todos os títulos difícil, podia-se fazer um concurso de ideias, nomeadamente das mais eficazes a destruir as fontes legais da corrupção ilegal. Seguem-se duas propostas modestas. A primeira: liquidar a lei da designação dos altos cargos da Administração Pública. Actualmente, as nomeações fazem-se, segundo a lei, pela "confiança política" do membro do governo. Os mandatos dos funcionários cessam com as eleições, isto é, com os novos governos. Com apoio de quase todos os partidos, a isenção e a competência dos Directores-gerais, Presidentes e equiparados, foram substituídas pela fidelidade partidária, pela gratidão política e pelos empenhos de vários tipos (partido, família, amizade, região, clube desportivo, loja, igreja, empresa ou lobby). São muitas centenas de funcionários superiores cuja dedicação à causa pública vem necessariamente em segundo lugar. Aliás, encontram-se hoje em campanha eleitoral, apoiando os seus ministros: se os seus mandatos são de confiança política, não há nada mais legítimo. Numa palavra: a corrupção é legal e tem apoio partidário e parlamentar.

A segunda: liquidar a maior parte das seis ou sete dezenas de Observatórios que existem na Administração Pública. Observatórios de tudo e nada, que se resumem a organizações de livre recrutamento dos amigos e fiéis e a casulos onde crescem fios e redes de interesses. Ao mesmo tempo, limitar drasticamente o número de assessores, adjuntos, consultores e conselheiros que cada gabinete governamental pode recrutar. Hoje, além dos quadros legais, são uns milhares deles, sem contar as empresas e as agências "subcontratadas". São os locais ideais de reunião das células partidárias de cada ministério. São estas as fábricas de propaganda, eventos e inaugurações. São os alfobres das políticas de destruição dos adversários e de criação de factos políticos. São os viveiros dos futuros directores-gerais e quadros dos partidos. São os laboratórios de produção de interesses, de satisfação de pretensões e de invenção de intrigas. Aqui, a corrupção é lícita, avençada e remunerada a recibo verde. Aqui se faz o que a lei proíbe aos serviços de fazer. O partido que se comprometa a concretizar estas duas propostas merece a maioria absoluta.

«Retrato da Semana» - «Público» de 19 de Julho de 2009



O ASSÉDIO MORAL NÃO MATA, MAS MÓI!


MUP SOLIDARIEDADE: AJUDAR O COLEGA DANIEL LUÍS

O MUP solicita a todos os visitantes que ajudem este nosso colega, professor da Universidade do Minho, divulgando estas notícias e assinando a petição (não dói nada!). É a dignidade, o respeito e a Liberdade que estão em causa!

NOTÍCIAS:

. Público

. Jornal I

. Jornal I

. Mundo Universitário

. Sol


Agradeço que continuem a divulgar a Petição "Liberdade de Expressão para Daniel Luís": http://www.peticao.com.pt/daniel-luis

Muito obrigado a todos pela vossa solidariedade!


Daniel Luís


MARCUS TULLIUS - 55 A. C.

Não evoluímos nada!!! Lamentável...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Baizesco, e não voltem!...



daqui

Os Camionistas, esses filósofos...

Mulher boa e BPN's, ninguém os come sozinho.

Digo eu.

Tempo de Serviço Docente Congelado - Não nos vamos esquecer!!!!




Afinal existem Portugueses de 1ª e portugueses de 2ª.
O PS no seu melhor.
TEMPO DE SERVIÇO CONGELADO

A contagem do tempo de serviço 'congelado'
Entre 30 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007 os docentes viram-se impedidos de progredir nos escalões da carreira por via do chamado 'congelamento do tempo de serviço'.
Tal congelamento não foi mais do que o roubo de 28 meses de tempo de serviço prestado efectivamente pela generalidade dos docentes, para efeitos de progressão na carreira, situação que se mantém para os docentes do ensino superior e para os de ministérios que ainda não adaptaram as regras do novo ECD. Tal situação é manifestamente injusta e tem de ser combatida em todos os planos.
Na Região Autónoma dos Açores os docentes alcançaram o direito a que esse tempo de serviço lhes seja integralmente contado. Esta é uma medida que temos de conquistar para todos os docentes.

DIVULGACÃO MÁXIMA


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Contem pelos dedos!... 'daassse

Dá-lhe!

Reflexões do Professor Medina Carreira. (Texto)



Reflexões do Professor Medina Carreira

"Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularucho» porque não dependo do aparelho político!"

"Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... Isto é ensino...é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!"

"Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% em 2...esta economia não resiste num país europeu."

"Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse."

"Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P'ra gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela? Quer dizer, isto está tudo louco!"

"Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for..."

"Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:

-Um desapareceu;

-O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;

-O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;

-E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim e fazer alguma coisa..."

"O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado."

"Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!"

"De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente..."

"Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: -Prometem aquilo que sabem que não podem."

"A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"

"Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! "

"A minha opinião desde há muito tempo é TGV- Não! Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo. "Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não? Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe... Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!"

"Nós em Portugal sabemos é resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios... Receber os prisioneiros de Guantanamo? «Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!"

"A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!"

"Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?"

"Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade. Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."

"Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."

"Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo... Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira»."

"Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina... Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina... Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação... Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."

"É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar. Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe."

"Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho... Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho... Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem..."

"Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem... No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa."

"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta inter-penetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas... Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si... Porque é que se vai buscar políticos para as empresas? É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política... Um político é um político. E um empresário é um empresário. E não deve haver confusões entre uma coisa e outra.. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro...é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade."

"Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!"

"Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista».... Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito... Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir.

O Português está farto de ser enganado!









Condomínio à Taveira

Novas oportunidades - A fraude continua. Vejam como é fácil



Pois é, a fraude continua. O vídeo GANDAS OPORTUNIDADES continua actual. O facilitismo socrático veio para ficar...
Os Diplomas farinha Amparo continuam a ser oferecidos aos milhares!" E o que aprendem? zero!
Se pensarmos bem, que motivações têm os nossos alunos para estudar, quando vêem os pais, trazer para casa, num repente, um diploma de 9º e logo a seguir um de 12º ano ???
Leiam este testemunho, do Público do dia 11 deste mês.
10.07.2009 - 20h10 - Anónimo, Prado

De facto isto das novas oportunidades é uma fraude. Eu tirei o 9ªano através do processo de rvcc em pouco mais de seis meses com uma ida á escola de quinze em quinze dias. O 12ª ano fiz num curso efa, a maioria é ignorante quando entra, mas quando termina tem conciência que pouco mais sabe que trabalhar no computador na optica de utilizador. os horários não são respeitados é tudo a correr, mesmo aqueles que não fazem os trabalhos são reconhecidos, visto que a maior parte dos trabalhos são feitos em grupo. Mandam-nos fazer trabalhos em grupo de três ou quatro, um é que trabalha, os outros andam á boleia... os professores sabem bem disto tudo, mas precisam de trabalhar é que a responsabilidade ao fim do mês de levar dinheiro para casa é mais forte do que a ética tantas vezes proclamada pelos Srs. professores. Mas o que eu acabo de descrever é a mais pura verdade.

E agora vejam o processo, e os anúncios, que dizem tudo!!!
Julho 11, 2009

Novas Oportunidades: aprender compensa, a fraude também

Os processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) constam, na prática, na produção pelo candidato de um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (PRA), onde irá reunir trabalhos sobre algumas dezenas de temas (isto para obter o 12º ano).

Esses trabalhos são "orientados" por uma equipa técnico pedagógica, mas feitos em casa.

não-tem-tempo-ou-disponibil

Só numa página de anúncios classificados a pesquisa por RVCC devolve-nos
137 resultados, desde o
"Posso ajudar-te a realizar os teus trabalhos manda mail." ao "RVCC e EFA com qualidade e a baixo preço! Contacte-me!"

qualidade-e-baixo-preço

Há de tudo, ou estavam à espera de quê com tanto candidato a professor no desemprego, incluindo bastantes que acabaram o contrato no CNO onde aprenderam o ofício?

RVCC---NOVAS-OPORTUNIDADES-

Não sei se isto é exactamente ilegal. O anúncio acima remete-nos para a página de uma psicóloga devidamente identificada, mas na maior parte dos casos os trabalhos são enviados por mail, a troco de uma transferência bancária. E sei que as autoridades competentes sabem, limitando-se a responsabilizar as equipas dos Centros Novas Oportunidades pela autenticidade dos trabalhos apresentados.

header_banner_index

Imagem retirada da página http://www.trabalhosrvcc.com/

Dessas equipas já sei outras coisas, das metas que estão obrigadas a cumprir,ao tempo que têm para o fazer. Mas essa conversa fica para uma próxima.

Deixo-vos com esta pérola ministerial:

Respondendo às críticas de facilitismo do Novas Oportunidades, a ministra assinalou que "o testemunho" dos beneficiários, dos técnicos e dos avaliadores externos "rejeita essa hipótese".

Acção de nulidade da licenciatura de José Sócrates



Acção de nulidade da licenciatura de José Sócrates
O Dr. José Maria Martins acaba de anunciar - hoje, 13-7-2009 - no seu blogue que decidiu intentar acção de nulidade da licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente do primeiro-ministro José Sócrates. Com factos novos.

Além dos factos novos, contesta a argumentação da procuradora-geral adjunta Maria Cândida Almeida e da procuradora-adjunta Carla Dias que arquivaram, em 1-8-2007, a queixa-crime apresentada, em 13-3-2007, pelo próprio Dr. José Maria Martins relativamente a falsificação de documento (o caso do diploma de José Sócrates de licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente).

O Dr. José Maria Martins informa que pediu certidão do processo na semana passada e apresentará a acção judicial logo que esta lhe seja entregue.

Se precisa de impressos, não os compre ... imprima-os


Sempre útil.


Se precisa de impressos, não os compre (Portugal apenas)

Para os que não conhecem, esta é uma boa dica.

Existe um site

http://www.irn.mj.pt/IRN/sections/irn/legislacao/impressos

Onde é possível consultarem e imprimirem os vários impressos necessários para registos, alterações, etc, relativos a BI, registos Prediais, registo Automóvel, etc.
Ou seja, em vez de nos dirigirmos propositadamente às Finanças Notários, Cartórios, etc, e ficar em filas para comprar os respectivos impressos, preenchê-los ou pagar exorbitâncias para os serviços o preencherem, quando podemos ser nós a fazê-lo, para depois perder mais tempo em novas filas para a entrega dos mesmos, pelo menos, com esta facilidade, metade do tempo e o dinheiro fica do nosso lado .




quarta-feira, 22 de julho de 2009

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL - Concurso de Professores

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROFESSORES NÃO CONSEGUEM CONCORRER!

FENPROF EXIGE COMPETÊNCIA NO SUPORTE INFORMÁTICO

E CORRECÇÃO IMEDIATA DOS ERROS!

Os professores e educadores que pretendem concorrer à contratação ou, sendo do quadro, para destacamento (aproximação à residência e condições específicas), cujo período de candidatura se iniciou no dia 20 e prolonga até sexta-feira, 24, estão à beira de um ataque de nervos!

Isto porque o Ministério da Educação, parecendo querer regressar aos piores tempos dos concursos, não foi competente no suporte informático que adoptou para que os professores apresentassem as suas candidaturas electrónicas.

De facto, parece acontecer de tudo:

- O sistema está em permanente em colapso, ficando indisponível;

- Há intervalos horários diferentes cujos códigos, por serem da mesma escola, não se conseguem introduzir;

- Para efeitos de contratação não se conseguem introduzir códigos da mesma escola quando as candidaturas se destinam a fins diferentes (horários anuais / horários temporários);

- Há códigos trocados (por exemplo, uma escola de Ourém surge com o código de outra de Palmela).

A FENPROF, já contactou a DGRHE, ainda durante o dia de ontem, para dar conta destes problemas e exigir a sua resolução. Ao que parece sem resultados. Assim, se o ME não conseguir corrigir imediatamente esta situação, não terá alternativa que não seja o alargamento do período de concurso. Não há paciência para tanta incompetência!

O Secretariado Nacional

Carta de um português revoltado...





REVOLTADO!!!!
Escrito por uma pessoa revoltada, pelo que teremos que
desculpar e ignorar algumas palavras que podem chocar.
Porém, estou certo que reflecte o espírito da maioria dos
portugueses.


A este saltou-lhe a tampa... e não é o único.

Só tenho pena é de não conhecer o autor, para o poder
felicitar pelo conteúdo - brilhante texto.



Justo é o CARALHO.

' Parece que o Primeiro Ministro terá dito que desta vez os
sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa. Mais
Justa é o CARALHO!!!!



São 23 horas, cheguei agora a casa e trabalhei hoje doze
horas. O meu filho já esta a dormir. Este ano já paguei em
impostos e multas dezenas de milhares de euros, todos os
meses pago um balúrdio de TSU, tenho custos financeiros
indescritíveis por causa da forma como é cobrado o IVA, pago
o PEC sobre um rendimento que pode não acontecer e este
filho da puta vem-me
dizer que os sacrifícios serão distribuídos de forma mais
justa???

O CARALHO!!!!!

Tenho semanas durante o ano em que trabalho 20 horas por
dia, este fim de semana não sabia sequer que dia era, no dia
da greve de uma chusma de paneleiros andei na estrada a
pagar portagens e a trabalhar para poder pagar impostos,
comecei numa puta duma garagem sozinho e dei trabalho a uma
carrada de gente a quem pago o IRS, a Segurança Social,
Seguros de Trabalho e todas as taxas que o estado me exige,
não negoceio salários brutos, por isso que vão para o
CARALHO com as contribuições dos trabalhadores, pago
salários decentes e recuso-me a pagar o salário mínimo a
seja quem for, investi e perdi, arranjei-me, voltei a
investir e falhei de novo, recuperei e investi de novo e
consegui.



E estes paneleiros do CARALHO vêm agora dizer-me que os
sacrifícios são distribuídos de forma justa???; como o
Guterres que fodeu o pais todo com o rendimento minimo
garantido, a pior opção económica de sempre, nem sabem
sequer o que é não dormir, desesperar, cair e levantar sem
pedir um tostão que seja ao filho da puta do estado?! Nem
subsidio de desemprego nem o CARALHO?! E tenho que ouvir
todos os dias as queixinhas dos funcionários,
dos professores com horário zero (!), dos funcionários dos
correios, dos anacletos e afins, que fujo ao
fisco, que exploro os trabalhadores, que tenho que pagar
mais impostos, que sou um parasita?!



Já paguei todos os impostos de facturas que até agora não
consegui cobrar (IVA e IRC), paguei IRC sobre stocks que não
sei se algum dia conseguirei vender e os sacrifícios são
distribuídos de forma justa?! Justo é o CARALHO.

Os 2000 funcionários da CM de Albufeira trabalham das 9h às
15h com intervalo para almoço e de caminho a mesma CM
entrega e paga serviços a empresas privadas; decidiram mudar
a escada da parte velha, fecharam-na, derrubaram a antiga e
colocaram a estrutura em metal, e após quinze dias retiraram
a mesma estrutura e colocaram-na em madeira! E ainda queriam
fazer
um elevador até à praia!!! E eu pago. Num qualquer Instituto
mais de 50 chulos tratam de 9(!) putos. E eu pago.
Substituem administradores pagando indemnizações, contratam
o Fernando Gomes e o Nuno Cardoso(!!!!). E eu pago. Inventam
Institutos e Fundações. E eu pago. Inventam as SCUTS. E eu
pago. O PEC. E eu pago. O Presidente apela ao patriotismo. E
eu pago.



Sr. Presidente, com todo o respeito que me merece: Vá-se
foder!, você e os camaradas no avião fretado para irem
passear para a China.



A CM de Paredes de Coura faz Parques de estacionamento sem
trânsito. E eu pago. O anacleto Sá Fernandes rebenta com o
CARALHO do orçamento da CM de Lisboa. E eu pago. O Sócrates
vai á borla de avião Falcon da Força Aérea. E eu pago.
Sacrifícios???!! De quem, CARALHO?! Prestam-me um serviço de
merda na saúde, a educação é tão miserável que sou obrigado
a por o meu puto num colégio privado, nem me atrevo a cobrar
dividas em Tribunal devido à miséria que é a Justiça. E
pago. Preciso de uma puta de uma cirurgia e tenho dezasseis
mil pessoas em lista de espera, pelo que se não tivesse um
seguro de saúde estaria como milhares de desgraçados que se
calhar já morreram. E eu e eles pagamos. Os sacrifícios são
distribuídos de forma justa?

Como, CARALHO?!



E aquela esfinge paneleira de óculos que preside ao Banco de
Portugal, que ganha mais que o secretário do tesouro dos
E.U.A., está à espera de colectar mais 0,03% do PIB com o
aumento do IVA? Pois tenho uma pequenina novidade para o
reconhecido génio. Talhos, advogados, lares, lojas de moveis
e outros pequenos negócios que conheço já têm a
contabilidade e pagam impostos em Espanha e eu, assim seja
possível, no ano da graça de 2008 pagarei todo o
IVA, IRC e contribuições em Vigo. A chulice destes filhos da
puta que vá cobrar ao CARALHO!!! E quero que se foda a
solidariedade e a conversa de merda porque não me sai do
corpo para o dar a chulos. Por alma de quem? Mais Justo??!! '



Pois é meus amigos, Justo é o CARALHO QUE OS FODA!!!!!!!!!!!

Relatório OCDE - Avaliação e conclusões.






O lixo já seria um destino demasiado nobre para depositar uma avaliação que era o desígnio deste Governo


OCDE defende alteração do sistema de avaliação de professores

A OCDE defende a necessidade de alterar o sistema de avaliação de professores em Portugal. Num relatório feito a pedido do Ministério da Educação, a organização considera que o actual modelo causa focos de tensão e deve funcionar como futura base de trabalho.
A OCDE defende a continuação da avaliação de professores, mas considera legítimas as preocupações e dificuldades dos professores.
O relatório sobre a avaliação identifica vários elementos problemáticos no actual modelo, defendendo, por isso, ajustamentos.
Paulo Santiago, um dos autores do relatório, destaca os focos de tensão que têm de ser ultrapassados.
«O objectivo da melhoria está a tentar ser alcançado através de um modelo que tem consequências para uma carreira. O facto de fazer dessa maneira pode pôr em perigo a tal função de melhoria - essa é a primeira tensão», explicou.
A segunda tensão, sublinhou, «é o problema de ter uma avaliação ao nível da escola com consequências a nível nacional».
Questionado sobre o relatório da OCDE, a ministra da Educação disse tratar-se de mais um contributo técnico para a melhoria do modelo de avaliação.
Já a FNE diz que este estudo vem isolar, ainda mais, a titular da pasta da Educação.
in
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1308675


terça-feira, 21 de julho de 2009

Quero ir para Portugal...


Uma comitiva do Parlamento Europeu a convite de Sócrates e da sua Ministra Lurdinhas, visitam uma escola modelo no nosso país maravilha.
Numa sala da primária cheia de jornalistas a ensaiada professora com ambição a uma futura boa avaliação, pergunta aos alunos:

- Onde temos a melhor escola?
- Aqui em Portugal. - Respondem todos.
- Onde temos o Magalhães, o melhor portátil do mundo?
- Em Portugal. - Respondem.
- E onde há os melhores recreios da Europa?
- Aqui em Portugal. - Respondem mais uma vez.
- E onde existem as melhores cantinas, que servem as melhores sobremesas?
- Na nossa Escola, aqui em Portugal!

A professora ainda insaciada, continua:
- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
- Em Portugal! - Respondem os alunos com a lição bem estudada.

Os tradutores lá iam informando a comitiva estrangeira que abanava a cabeça, cépticos.
Nisto uma garota no fundo da sala começa a chorar baixinho.
Com as televisões em directo, Sócrates, para impressionar convidados e jornalistas, pondo-se a jeito para as câmaras, resolve acudir à menina

perguntando-lhe:
- Que tens minha Menina?
Resposta imediata da menina, soluçando:
*- QUERO IR PARA PORTUGAL!!!!!!!!*

Relatório da OCDE arrasa Decreto Regulamentar 2/2008. Ministra engoliu em seco

Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

Relatório da OCDE arrasa Decreto Regulamentar 2/2008. Ministra engoliu em seco

Foi divulgado hoje o Relatório da OCDE sobre a avaliação de desempenho docente. As conclusões deixam mal a ministra da educação. O relatório da OCDE critica a associação entre os resultados dos alunos e a avaliação de desempenho dos docentes bem como a avaliação feita por pares com consequências na progressão da carreira. Ora, essas são as duas características centrais do modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2008 e que mais contestação provocaram entre os professores. O decreto regulamentar 1-A/2009, que impôs o versão simplex, também não sai incólume do estudo da OCDE, uma vez que o relatório manifesta uma clara oposição a que a avaliação de desempenho de tipo quantitativo e com consequências para a progressão na carreira seja feita pelos directores e colegas a quem foram atribuídas funções de avaliação.
Nas recomendações, o Relatório da OCDE aponta parta a necessidade de haver uma avaliação de tipo qualitativo e meramente formativa, feita pelos directores, e uma avaliação com incidência na progressão na carreira docente, feita por elementos exteriores à escola e sem qualquer relação funcional com os docentes avaliados. A OCDE aconselha que os avaliadores externos sejam especialistas certificados em avaliação de desempenho e que adoptem critérios uniformes para todas as escolas do país.
A FNE reagiu ao Relatório da OCDE pela voz de João Dias da Silva, que afirmou o total isolamento da ministra da educação e a necessidade de construir um novo modelo que não padeça dos males apontados no estudo da OCDE. João Dias da Silva acrescentou que, em matéria de avaliação de desempenho, foram dois anos completamente perdidos graças à teimosia da ministra da educação.
Interrogada pelos jornalistas à saída da sessão de apresentação do Relatório da OCDE, a ministra limitou-se a afirmar que não era tempo de tomar decisões.


NÃO ACREDITA? ORA VEJA! BIZARRO, MAS COMUM!

A REALIDADE DA ESCOLA QUE MUITOS DESCONHECEM

Um colaborador "mupenho" deu-nos conta de uma situação que está longe de ser única em Portugal, mas que é desconhecida de muitos portugueses.

Todos sabemos o que no se transformaram as "Novas Oportunidades". Agora acrescente-se o que se passa no ensino regular... e ("bingo"!) percebemos a realidade que os nossos governantes escondem atrás da propaganda.

A breve história do Ivo (8º Ano) que, com 9 negativas, TRANSITOU de ano!

sábado, 18 de julho de 2009

Jesus e o sistema educativo na Judeia...



Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se
aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os, dizendo:

- Em verdade vos digo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos,
porque eles...

Pedro interrompeu:

- Temos que aprender isso de cor?

André disse:

- Temos que copiá-lo para o papiro?

Simão perguntou:

- Vamos ter teste sobre isso?

Tiago, o Menor queixou-se:

- O Tiago, o Maior está sentado à minha frente, não vejo nada!

Tiago, o Maior gritou:

- Cala-te queixinhas!

Filipe lamentou-se:

- Esqueci-me do papiro-diário.

Bartolomeu quis saber:

- Temos de tirar apontamentos?

João levantou a mão:

- Posso ir à casa de banho?

Judas Iscariotes exclamou(Judas Iscariotes era mesmo malvado, com
retenção repetida e vindo de outro Mestre):

- Para que é que serve isto tudo?

Tomé inquietou-se:

- Há fórmulas? Vamos resolver problemas?

Judas Tadeu reclamou:

- Podemos ao menos usar o ábaco?

Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada... ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma
multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele,
dizendo:

- Onde está a tua planificação? Qual é a nomenclatura do teu plano de
aula nesta intervenção didáctica mediatizada? E a avaliação
diagnóstica? E a avaliação institucional? Quais são as tuas
expectativas de sucesso? Tens a abordagem da área em forma
globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos,
tendo em conta a bipolaridade da transmissão? Quais são as tuas
estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?
Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a
assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?
Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico
produtivo? E os espaços alternativos das problemáticas curriculares
gerais? Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções
transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e
cooperativos das áreas concomitantes? Quais são os conteúdos
conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos
lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos
generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e
metadisciplinares?

Caifás, o pior de todos os fariseus, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e
reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus
discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino
de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás
notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas
alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de
nomeação definitiva!

E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fixem bem esta matrícula

Acesso a professor-titular: ME prepara-se para enganar os professores!


Os directores dos centros de formação das associações de escolas estão a convocar os directores de escolas, constando, na Ordem de Trabalhos das reuniões, o ponto "constituição do júri da prova pública de admissão ao concurso de professor titular".

Este ponto é, no mínimo, estranho, na medida em que, de acordo com o próprio ME - e ao contrário do que antes tinha divulgado - não terá lugar qualquer concurso extraordinário e o concurso "normal", que se encontra previsto na legislação em vigor, já não se realizará na presente Legislatura.
Estranhou-se, por essa razão, não só a pressa em regulamentar a prova de acesso, como a constituição deste júris.
Sabe-se, agora, o que pretende o Ministério da Educação: com a proximidade das eleições legislativas, há que enganar os professores, criando-lhes falsas expectativas quanto à possibilidade de progredirem na carreira, designadamente através do acesso a professor-titular.
Efectivamente, os responsáveis do Ministério da Educação preparam-se para, apressadamente, regulamentarem a prova de acesso a professor-titular, pois essa será a forma de, por um lado, criarem uma grande expectativa em milhares de docentes que, encontrando-se a meio da carreira, ficaram impedidos de progredir; por outro, será absolutamente inócua, para o ME e para os professores, a realização desta prova, pois não terá qualquer efeito prático. Isto porque:
1.º- Para ter acesso a professor-titular é necessário que o Ministério das Finanças autorize a abertura de concurso, sabendo-se, já, que este não se realizará na presente Legislatura;
2.º- Para poder progredir até aos escalões de topo da categoria de professor (6.º e 7.º escalões) não basta que os docentes tenham realizado a prova com sucesso, é preciso que tenham sido candidatos ao concurso e não tenham obtido vaga.
Portanto, sem a realização do concurso – que, já se sabe, não terá lugar – podem ter lugar todas as provas de acesso que ninguém acederá à categoria de professor-titular.
Estamos, pois, perante mais uma manobra de um Ministério que não tendo nada de bom para os professores, procura criar-lhes falsas expectativas que apenas desencadearão novas frustrações, para além de confirmarem um profundo desrespeito pelos professores.
Relativamente à divisão da carreira em categorias hierarquizadas, os professores e educadores sabem o que pretendem do Governo (já não deste, que está de saída, mas do próximo): a sua eliminação, sendo essa uma das primeiras reivindicações a apresentar aos futuros governantes.
Com a pressa colocada na organização e realização desta prova, a actual equipa ministerial pretende, ainda, colocar o próximo Governo perante um facto (quase) consumado e uma realidade que, todavia, é contornável: a fractura da carreira docente e a consequente categorização dos professores e educadores. Os professores já provaram, várias vezes, que rejeitam esta divisão e saberão lutar contra ela, não esquecendo que, com excepção do PS, já todos os partidos políticos se comprometeram com a sua anulação.
O Secretariado Nacional da FENPROF
14/07/2009



terça-feira, 14 de julho de 2009

CONCURSO: 107 APELOS DE PROFESSORES AFLITOS



VAMOS DAR UMA AJUDA A COLEGAS QUE NECESSITAM! REPASSANDO...

CONCURSOS 2009 - PERMUTAS

Já possui 107 pedidos de permuta, com dados que serão actualizados...

PERMUTAS - QUEM SABE RESPONDER?

Ajude a dar resposta a dúvidas colocadas ou veja a resposta à sua dúvida relativamente a permutas.

E, já agora...

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO PREENCHIDA - 1

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO PREENCHIDA - 2

E...

12 de Setembro - UMA GRANDIOSA MANIFESTAÇÃO PARA DERROTAR O PS

MUP - http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/



segunda-feira, 13 de julho de 2009

“A Educação em Debate” é o mote para um encontro de professores no Algarve

"A Educação em Debate" é o mote para um encontro de professores e outros intervenintes na área da educação, seguido de jantar-convívio que contará com a participação de Cecília Honório, membro do "movimento escola pública" e candidata do Bloco de Esquerda pelo Algarve, às eleições Legislativas. Será apresentado o programa do Bloco de Esquerda para a área da educação, centrado na valorização e dignificação da carreira docente e na defesa da escola pública.O evento terá lugar no dia 17 de Julho de 2009, pelas 21h. na sede na Associação Cónios em Santa Luzia (Rua Cmte Henrique Tenreiro nº 10 A, Sta Luzia, Tavira).
As inscrições para o jantar devem realizar-se até quinta-feira (16 de Julho), às 19h. Para mais informações e inscrição no jantar deve contactar os seguintes nºs: 913 013 208 e 964 743 507. Pode ainda enviar-nos um e-mail para
tavira@blocoalgarve.org.

Em defesa da autonomia profissional.

O professor não pode ser reduzido a um mero funcionário obediente e acritico.


1.REVISÃO DO ECD. Fim da divisão de carreira em professores de primeira e segunda. TODOS SOMOS PROFESSORES!

2.FIM DO ACTUAL MODELO DE AVALIAÇÃO. Para além de burocrático, provocou um autêntico clima de guerra civil em muitas escolas, lançando professores contra professores. Avaliar o quê e para quem?

3.ALTERAÇÃO DO DEC. LEI 75/2008. Este decreto lei viola o principio da democraticidade na eleição dos orgãos directivos consagrado na lei bases do sistema educativo. Em defesa da autonomia e da independência dos orgãos de gestão das escolas, estes não podem ser correias de transmissão do poder instituído. Uma escola não pode transmitir valores democráticos sem os consagrar e aplicar na prática diária. As escolas devem ser orgãos vivos e participativos. Rejeitamos um modelo autoritário de escola, assente no poder pessoal que condicione: concursos, avaliação docente, distribuição de serviço, escolha de coordenadores.

4.NÃO À MUNICIPALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO. As escolas e os professores sob a dependência directa dos interesses e dos poderes locais!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Novo logotipo do PS

Vamos derrotar o P.S.! A maior manifestação de sempre! Força professores!!!!!


UMA GRANDIOSA MANIFESTAÇÃO PARA DERROTAR O PS

No COMUNICADO DO MUP, de 8 de Junho, este movimento propôs a todos os movimentos independentes e sindicatos de professores a unidade na luta, organizando uma grandiosa Manifestação Nacional de Professores no dia 26 de Setembro.

Tendo em conta a data das eleições legislativas, entretanto marcada, o MUP renova a mesma proposta que se encontra aqui.

No entanto, para cumprir os quinze dias a que a lei obriga, em caso de eleições, propomos a data de 13 de Setembro, coincidindo com o início do ano lectivo e em vésperas das legislativas.


O MUP convida todas as outras classes profissionais, fortemente penalizadas por este governo PS, para que, no mesmo dia, se unam aos professores numa grandiosa manifestação que possa contrariar a Campanha à Obama que José Sócrates pretende fazer, no sentido de manter o poder a todo o custo.


JUNTOS,VAMOS CONSEGUIR!

MOBILIZAR! UNIR! RESISTIR!

domingo, 5 de julho de 2009

MST no Expresso: "Esta noite sonhei com Mário Lino"



Esta noite sonhei com Mário Lino

Miguel Sousa Tavares
8:00 Segunda-feira, 29 de Jun de 2009

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!