sexta-feira, 29 de maio de 2009

"Este é o maior fracasso da democracia portuguesa", por Clara Ferreira Alves

> Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana,
> para a voz da rua.
>
> A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira
> politica. A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom
> par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.
>
> A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu o
> processo de descolonização.
>
> A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos
> financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
>
> A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua
> experiência governativa.
>
> A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como
> Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.
>
> A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".
>
> A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois
> de tão fantástico desempenho no cargo.
>
> A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha
> Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e
> vencer as eleições presidenciais.
>
> A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um
> grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um
> conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas
> internacionais.
>
> A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua
> segunda campanha presidencial.
>
> A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos
> Melancia, um dos homens da Emaudio.
>
> A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso
> Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma
> Fundação na sua fase pós-presidencial.
>
> A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "Contos
> Proibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse
> mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
>
> A lucidez que lhe permitiu passar incólume as "ligações perigosas" com
> Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre
> acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no
> dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
>
> A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar
> 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França -
> 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil
> quilómetros).
>
> A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de
> grande importância estratégica para Portugal.
>
> A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a
> Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes
> oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.
>
> A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte
> blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da
> Republica.
>
> A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de
> vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo
> Grande.
>
> A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica,
> constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado,
> que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única
> função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os
> mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
>
> A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação
> violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a
> nulidade da licença de obras.
>
> A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas
> construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal
> fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer
> convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.
>
> A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos
> anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.
>
> A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de
> quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um
> auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara
> de Lisboa.
>
> A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção
> anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador
> e Presidente.
>
> A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse
> um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República,
> na... Fundação Mário Soares.
>
> A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares
> receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.
>
> A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade
> da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente
> era... João Soares.
>
> A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o
> director do "Público", José Manuel Fernandes, a investigação
> jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
>
> A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento
> Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole
> Fontaine.
>
> A lucidez que lhe permitiu considerar Jose Sócrates "o pior do
> guterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
>
> A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre,
> para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
>
> A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
>
> A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieira
> na "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir,
> logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
>
> A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no
> filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
>
> No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um
> punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai.
>
> Vai... e não volta mais.
>
>
> Clara Ferreira Alves
>
> Expresso

http://ferrao.org/2008/03/rui-mateus-contos-proibidos.html

Sondagem Visão - Portugueses confiam nos professores







mais aqui

É PRECISAR ESTAR ATENTO (LEI 12-A/2008) - VÍNCULOS

VÍNCULOS

É PRECISAR ESTAR ATENTO (LEI 12-A/2008)

Recentemente, a DREC e a DRLVT vieram mandar suspender os procedimentos das escolas, até novas orientações, que estavam a informar os professores e a publicar as listas de transição de vínculos (Lei 12-A/2008). Conferir aqui e aqui.


Já o dissemos: apesar desta atitude, a lei 12-A/2008 continua de pé e parece-nos que este "adiamento até novas instruções" não será mais do que uma manobra para pôr em marcha todo o processo durante as férias que se aproximam. Com os professores fora das escolas, o prazo de contestação esfuma-se e... já está!

Este ministério tem sido especialista nesta prática: introduz alterações pela "calada da noite" e em momentos de interrupção lectiva, tornando a sua contestação mais difícil.


Temos de nos manter ATENTOS! A entrada QUE NINGUÉM SE ESQUEÇA! encaminha-nos para a (re)leitura urgente de VÍNCULOS AO ESTADO: IMPUGNAÇÃO e MINUTA DE IMPUGNAÇÃO DE FIM DE VÍNCULO AO ESTADO


Entrada complementar: AINDA A MUDANÇA DE VÍNCULO

Publicada por ILÍDIO TRINDADE

TEMOS DE ESTAR ATENTOS! ELES TÊM DE SABER QUE NÃO DORMINOS! PASSA A TODOS OS COLEGAS!


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dias Loureiro renuncia a cargo no Conselho de Estado




Dias Loureiro terá já pedido a renúncia do cargo de conselheiro de Estado. De acordo com a SIC Notícias, o antigo dirigente do PSD já terá também solicitado uma audiência ao procurador-geral da República.

A informação surge depois de ter sido noticiado que o juiz de instrução criminal, Carlos Alexandre, enviou um pedido ao Conselho de Estado a pedir o levantamento da imunidade de Dias Loureiro, segundo avançou hoje o Correio da Manhã.

Recorde-se que o Presidente da República tem manifestado que o conselheiro de Estado Dias Loureiro lhe merece tanta confiança como qualquer outro dos conselheiros. Já entre estes, o ex-Presidente da República Ramalho Eanes e o cirurgião João Lobo Antunes defenderam publicamente a renúncia de Dias Loureiro do cargo, no que foram acompanhados pelo CDS-PP e BE. Já PS e PCP tiveram reacções mais cautelosas. O cabeça de lista às europeias e líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, defendeu, há semanas, a saída de Dias Loureiro, militante social-democrata, do Conselho de Estado.

daqui


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Estamos fartos destas merdas!!!

É só abutres.

Então, mas o que é que faz um conselheiro de estado senão estar informado de tudo o que se passa, para poder aconselhar o presidente?
E agora diz que não se tinha apercebido da opinião pública?
Que não quer a protecção do cargo, que se demite agora para proteger o presidente...
Mas que espécie de "conselhos" é que um indíviduo destes presta?

Mas o que é que um indivíduo destes faz, em concreto, senão mandar uns bitaites, de vez em quando e receberem uma gorda remuneração, com carro e sei lá mais o quê incluído?
Mas será que estes indivíduos não têm deveres? Só direitos? Os deveres é para o Zé Mexilhão?
Será que estes gajos fazem a merda que querem e ainda por cima se riem do Zé? Com o dinheiro que o Zé lhes paga?

E depois protegem-se uns aos outros...

Há 30 anos que se protegem uns aos outros para f*derem o Zé Mexilhão


Por menos já foram suspensos professores, assim, num estalar de dedos...

Estamos mesmo fartos destas merdas todas!!!

Tribunal condenou ex-aluno pelo crime de injúria agravada a professor

Tribunal condenou ex-aluno pelo crime de injúria agravada a professor.
O Tribunal de Vila Verde condenou um ex-aluno da Escola Secundária local pelo crime de injúria agravada a um professor ao pagamento de 300 euros de multa e de 500 euros de indemnização, disse hoje fonte judicial.



A fonte adiantou à Lusa que, na sentença, agora transitada em julgado, o tribunal deu como provado que em Junho de 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática - nomeadamente dois adjectivos, considerados popularmente como «palavrões» - por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.

O docente, segundo a sentença, «havia, repetidamente, chamado a atenção do aluno - do 10.º ano de escolaridade - que brincava constantemente com o telemóvel e não realizava os exercícios que lhe eram apresentados».

«O arguido ignorou as várias advertências que lhe foram apresentadas até que, ao ser mais uma vez, chamado à atenção pelo seu comportamento indevido, se levantou, arrumou o material escolar na mochila e abriu a porta da sala insultando o professor antes de sair da aula», refere o juiz que julgou o caso.

A condenação do ex-aluno foi baseada, entre outros factores, no depoimento de três ex-colegas de turma.

O tribunal concluiu que, ao proferir expressões insultuosas, «o arguido lesou a honra e consideração» devidas ao professor, tendo agido com dolo directo, ou seja, com vontade de o ofender.

Contactado pela Lusa, o queixoso - que solicitou anonimato - disse que apenas recorreu aos tribunais porque o aluno não lhe quis pedir desculpas pelo seu comportamento incorrecto, apesar de lhe ter dado oportunidade para o fazer.

Acresce que, acentuou, depois de ter decidido castigar o aluno com dois dias de suspensão, o Conselho Executivo da Escola anulou a pena, argumentando que o professor tinha deixado passar 12 dias antes de apresentar queixa, o que viola os regulamentos.

«Deixei passar alguns dias porque dei tempo ao aluno para reflectir e pedir desculpa, e, depois, porque tive um funeral de família», afirmou, frisando que pensou também que o Conselho Executivo iria agir autonomamente por, entretanto, ter tomado conhecimento do facto.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

Polícia impede professores de entregarem moção ao primeiro-ministro


Em Coimbra
Polícia impede professores de entregarem moção ao primeiro-ministro
26.05.2009 - 12h13 Lusa
Um grupo de professores foi hoje afastado pela PSP do local onde pretendia entregar uma moção a José Sócrates, minutos antes da chegada do primeiro-ministro para visitar, em Coimbra, as obras de uma rede de fibra óptica.

Afastados cerca de 50 metros do local da visita, os elementos da Plataforma Sindical dos Professores e da União de Sindicatos de Coimbra acabaram por se manifestar em silêncio, mostrando uma faixa negra, à passagem da comitiva governamental.

“É uma vergonha que a polícia portuguesa esteja a ser utilizada desta forma, seja instrumentalizada para impedir que os portugueses manifestem as suas opiniões livremente”, disse Luís Lobo, dirigente da Plataforma, dirigindo-se a um graduado da PSP.

Já Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, usou de ironia para descrever a actuação da PSP. “Deve ser porque os senhores guardas acharam que estávamos a apanhar muito sol e podíamos constipar-nos”, alegou.

A moção, aprovada hoje na escola EB2.3 Alice Gouveia pelos professores que fizeram uma paralisação nos dois primeiros tempos da manhã, acabou por não ser entregue ao primeiro-ministro.

daqui

Manifesto Conjunto. Subscrevo: Encontramo-nos Sábado!


Manifesto Conjunto
Subscrevo:
Encontramo-nos Sábado

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1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.

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Subscrevem:Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo)

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Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)



daqui

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Com a nova lei da aposentação...

«Nunca vi um pessimista criar um posto de trabalho»

O secretário-geral do PS criticou este domingo o «negativismo» das oposições, referindo: «Eu nunca vi um pessimista criar um único posto de trabalho».
José Sócrates falava num jantar/comício, em Valongo, com a presença de Vital Moreira, cabeça de lista do PS às Europeias, tendo afirmado que o Partido Socialista e o Governo «querem um país progressista, moderno e europeu, que acredita em si próprio e que não se deixa vencer pelo pessimismo».

daqui

Mas todos os dias se assiste a um [Governo] optimista destruir vários.

30 Maio, 15.00, Lisboa. Mais uma voltinha ao Marquês?

sábado, 23 de maio de 2009

Cliente preocupado

Bilhete dirigido por um cliente preocupado a um banco:

"Dada a crise internacional que assola os bancos neste momento, se um dos
meus cheques for devolvido por "INSUFICIÊNCIA DE PROVISÃO", como é que eu
poderei saber se isso se refere a mim ou a vocês?"




30 de Maio


Sócrates é perigoso, sempre teve desprezo pela cultura e saber, e por
aqueles que sabem mais do que ele, como os professores. Sempre detestou o estudo e os seus professores, e nutre por eles um ódio de estimação. Está consciente que a perda da maioria absoluta se deve em grande parte, para além das falcatruas em que sempre esteve metido, à luta justa que os professores travaram nestes últimos quatro anos, e que nunca irá esquecer...

Se ganhar as legislativas, não tenhamos dúvida que irá partir a espinha a
todos os professores não deixando um vivo para contar a história do seu
infortúnio. A todos os que não entregaram os OI mandará instaurar um
processo disciplinar, à semelhança do que a ministra da educação sugeriu que os Presidentes dos Conselhos Executivos fizessem. Só que no próximo ano já não são os PCE que estão à frente das Escolas, mas os novos directores que caso não cumpram as sugestões da tutela, são corridos como aconteceu no Agrupamento de S. Onofre, em Fafe, em Tavira, ao colega Charrua.

Não se esqueçam que estes directores foram escolhidos por um conselho geral transitório que termina funções e que os próximos directores serão
escolhidos dentro do aparelho do partido.

A vida dos professores tornou-se num calvário, o ambiente nas Escolas está irrespirável, a desmotivação e total, os professores têm medo de falar, com o receio de ser perseguidos, sentem que a insegurança paira a cada esquina.
O trabalho aumentou abruptamente, sem que se reflicta no sucesso dos alunos, a autoridade do professor foi abolida, sendo agredidos pelos alunos e encarregados de educação.

Se o Sócrates ganhar as próximas eleições com os directores coadjuvados
pelos inspectores as Escolas tornar-se-ão uma arena inquisitória, onde os
indesejáveis por razões partidárias, pessoas ou outras alheias à vida da
Escola, serão expurgados do ensino.

Colega se gostas de ser professor, se defendes uma Escola Pública de
qualidade, sem política, onde alunos e professores convivam em fraternidade, não deixes de participar na próxima manifestação independentemente de teres entregue os OI, porque se os entregaste foi contra a tua vontade e tens mais uma razão para manifestar a tua indignação. Esta será a tua última oportunidade para lutares por uma Escola democrática e justa, não te acomodes se não queres ver a tua vida transformada num Inferno. Quem foi capaz de correr com tantos milhares de colegas que deram uma vida à Escola, não se ensaia muito para mandar para a rua outros tantos, a legislação já foi publicada, agora só é necessário pôr os caciques a funcionar.

Se pensas que a reforma acabou, desengana-te, a procissão ainda vai no adro e se o PS voltar a ganhar. vais ver o que ainda te vai cair em cima .

Nas eleições Europeias não fiques em casa, aproveita para passares o
primeiro cartão vermelho ao arrogante do Sócrates. Se ele ganhar ainda te vai esfolar até às legislativas.

Pára um bocadinho para pensar e vê no que se tornou o teu local de trabalho e os alunos sempre a saber menos. Luta, não baixes os braços, dos fracos não reza a história. O Tipo não olha a meios para conseguir os fins. Se Sócrates tivessem um centésimo da dignidade e carácter de um professor, depois de tudo o que se descobriu a seu respeito já tinha desaparecido do planeta, mas ele é safado não tem um pingo de vergonha na cara, é um trapaceiro profissional.

Colega, faz do 30 de Maio um marco pela luta da preservação da democracia em Portugal.

Eu Vou... e todos juntos seremos demais!!!


Amigos
A nossa luta continua. É importante irmos a Lisboa no dia 30 de Maio mostrar que não estamos satisfeitos com o que nos fazem e nos obrigam a fazer.
Ainda confio nas palavras de quem um dia disse:
« Quem luta pode não ganhar mas quem não luta perde sempre»
Vai, e se não puderes, divulga, entusiasma! Não desistas agora! Estamos quase em época de eleições
Reencaminha!

Sinais exteriores de riqueza... em tempos de crise

Aluna pode ser punida se o Conselho Executivo entender que a gravação ilegal violou o regulamento interno da escola


Pais e encarregados de educação acusam professora de História da EB 2/3 Sá Couto, de Espinho, de ter conversas de cariz sexual nas aulas e contar a sua vida sexual. Docente foi suspensa e será agora alvo de um processo de averiguações. Aluna pode ser punida se o Conselho Executivo entender que a gravação ilegal violou o regulamento interno da escola.


A gravação da aula de História da turma do 7.ºA na Escola EB 2/3 Sá Couto, em Espinho, pode servir para suspender a professora, mas também para punir a aluna que fez a gravação em causa. Isto se o Conselho Executivo da escola entender que, com tal acto, foi violado o número 20 do artigo 99.º do Regulamento Interno (RI).

Segundo o RI, os alunos não podem usar "telemóveis, headphones, MP3, IPOD e outros nas salas de aula, centro de recursos escolares/biblioteca, cantina ou outros locais onde se desenvolvam actividades lectivas". A aluna não pode ser criminalmente responsabilizada por ter menos de 16 anos, mas a nível escolar tudo depende da interpretação do Conselho Executivo. Sobretudo porque foi devido a esta gravação que se conheceu o caso.

Maria Arminda Bragança, da Federação Nacional de Educação (FNE), defende que "tudo depende do que estipula o regulamento interno da escola", mas lembra que "é preciso analisar a situação no seu todo e não apenas por este episódio". Já a directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, recusa comentar se a aluna pode ser punida, referindo que "o processo não é movido contra uma pessoa, é para apurar a verdade dos factos". "Dei ordens para que a professora fosse suspensa preventivamente e o caso fosse entregue a uma entidade autónoma", acrescenta Margarida Moreira.

A polémica aula, que resultou na suspensão da docente, ocorreu a 7 de Maio. Tal como terá acontecido noutras ocasiões, a docente falou de sexo com a turma, tecendo considerações sobre a alegada perda de virgindade de uma aluna e os sonhos "molhados" dos rapazes. Os pais dizem que a docente até falava das relações sexuais com o marido. "O meu filho confirmou que ela passava parte do tempo a falar da vida sexual com o marido", refere Emília Marques.

Esta mãe garante ainda que num passeio a Salamanca no final de Abril, onde estiveram 55 alunos e cinco professoras, "à noite os alunos ficaram fechados nos quartos e comeram às onze e meia da noite, enquanto as professoras foram às compras para o centro comercial". O passeio, aliás, terá motivado a alegada perseguição a uma aluna. "A minha filha tinha-lhe dito que ia sem nos pedir autorização e quando dissemos que não, a professora começou a dizer-lhe que tinha pagar a viagem de qualquer maneira e aí começou a perseguição", afiança uma encarregada de educação, que solicitou anonimato.

Apesar de só agora ser conhecida a situação, este não seria o primeiro ano em que a docente faria tais comentários. "Há pelo menos três anos que se ouvem relatos", diz uma mãe. A presidente do Conselho Executivo, Noémia Brogueira, recusou-se a tecer qualquer comentário para além de dizer que "a professora já assinou a nota de suspensão" e confirmar que "foi instaurado um processo de averiguações".

Já um aluno da turma diz que as colegas "provocavam a professora". "Andaram a dizer que o filho da professora dizia que tinha apanhado os pais a ter relações sexuais". Acusações com as quais as alunas terão sido confrontadas, negando-as. Antigos alunos, inscritos em cursos de educação e formação profissional da EB 2/3 Sá Couto, fizeram questão de a vir defender a público. "É a professora mais espectacular e preocupa-se connosco", diz Samir Nica. Que adianta que ela "falava sobre a nossa vida e dava apoio quando os alunos estavam tristes".

O DN quis ouvir a docente, mas esta não fala "enquanto decorrer o processo". "É à escola que cabe descobrir a verdade, que virá ao de cima", diz.


www.dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1237884&seccao=Norte

Divulgue!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Economia é isto


Numa pequena vila e estância na costa sul da França, chove, e nada de especial acontece.
A crise sente-se. Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dívidas.
Subitamente, um rico turista russo, chega ao foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de €100 sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se não lhe agradar.
O dono do hotel pega na nota de €100 e corre ao fornecedor de carne a quem deve €100, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar €100 que devia há algum tempo, este por sua vez corre ao criador de gado que lhe vendera a carne e este por sua vez corre a entregar os €100 a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito.
Esta recebe os €100 e corre ao hotel a quem devia €100 pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos €100. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.
Contudo, todos liquidaram as suas dividas e os elementos da pequena vila costeira encaram agora o futuro com um renovado optimismo.
experts em alta finança que chamam a isto economia.
Dá que pensar!...

Pagamento dos aperitivos nos restaurantes


Pagamento dos aperitivos nos restaurantes não é obrigatório

Proprietários que não respeitem Lei incorrem em multas e até pena de prisão

Quando se senta na mesa de um restaurante e começa a consumir os «couverts», também conhecidos por aperitivos ou entradas disponíveis, saiba que não tem de os pagar.

O alerta foi feito esta terça-feira pelo presidente da Associação Portuguesa dos Direitos do Consumo (APDC), Mário Frota, que, em declarações à Agência Financeira, assumiu haver «uma ignorância das pessoas a esse respeito», pelo que «a maioria delas deixa passar, continuando a pagar».

O responsável adianta ainda que «o consumidor pode recusar pagar o couvert que habitualmente os restaurantes colocam na mesa dos clientes, sem ser pedido, mesmo que seja consumido».

Em geral, o «couvert» define-o a Lei, é «todo o conjunto de alimentos e aperitivos fornecidos antes do início da refeição, propriamente dita».

«Os proprietários dos estabelecimentos estão convencidos que, tratando-se de um uso de comércio, que esse uso tem força de Lei. Mas o que eles ignoram é que a lei do consumo destrói essa ideia porque tem normas em contrário», disse Mário Frota à AF.

O facto é que, no particular do direito à protecção dos interesses económicos do consumidor, a Lei 24/96, de 31 de Julho, ainda em vigor, estabelece imperativamente: «O consumidor não fica obrigado ao pagamento de bens ou serviços que não tenha prévia e expressamente encomendado ou solicitado, ou que não constitua cumprimento de contrato válido, não lhe cabendo, do mesmo modo, o encargo da sua devolução ou compensação, nem a responsabilidade pelo risco de perecimento ou deterioração da coisa.»

Daí que, em rigor, o «couvert» desde que não solicitado, tem de ser entendido como oferta sem que daí possa resultar a exigência de qualquer preço, antes se concebendo como uma gentileza da casa, algo de gracioso a que não corresponde eventual pagamento.

Num futuro próximo, «pode ser que se assista à inversão do cenário se as pessoas começarem a reivindicar os seus direitos, caso contrário, pode haver problemas, se os proprietários negarem os direitos dos consumidores».

Associação e restaurantes reunem-se a propósito do «Couvert»


Cobrar «couvert» pode levar a coima até 35 mil euros


in "
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=917640&div_id=1730 "


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Alegria no trabalho!

É pró menino e prá

É pró menino e prá menina! Eles não discriminam (os jobs são tanto para boys como para girls)

Vale a pena recordar!

Explicação:

1. Sabem em que consiste a "manutenção" do site do ministério da justiça ?

Não? Ok! Eu esclareço: trata-se de actualizar conteúdos, um trabalho que provavelmente muitos dos vossos filhos fazem lá na escola ou em casa "com uma perna às costas". Por falar em "costas" acham que o ministro Costa recorreu ao otl e pediu um puto qualquer para tratar do assunto? Não! Trata-se de uma tarefa altamente técnica que justifica uma remuneração de 3.254,00 euros mais o subsídio de almoço, claro!

2. E sabem quem tem o perfil adequado a essa extremamente especializada função ?

Não? Ok! Eu esclareço. Trata-se de Susana Isabel Costa Dutra. Susana Isabel Costa Dutra, é (por um acaso daqueles que só acontecem em Portugal) filha do ministro Alberto Costa.

Et OUI !

Se puderem espalhem pois pode haver alguém que não tem acesso ao Diário da República, ficando assim prejudicado de saber que "lá vamos, cantando e rindo, levados, levados sim..."


Como distinguir os tipos de gripe

Professora suspensa é «a mais espectacular»


Alunos descrevem a professora como «segunda mãe»

A professora de História da Escola Básica 2,3 Sá Couto (em Espinho) foi suspensa, mas os alunos descrevem-na à Lusa como «a professora mais espectacular na escola».
Os estudantes do 7.º ao 9.º ano afirmam que a professora sempre se revelou preocupada com os problemas pessoais dos seus alunos, «mas sem deixar de dar a matéria das aulas», asseguram os alunos.
Samir Nica, 19 anos, diz que a docente «é uma professora espectacular. Dá as aulas, mas também se preocupa com o que a gente anda a fazer lá fora. É a nossa segunda mãe aqui na escola».
Considerando a professora como uma pessoa «sempre muito correcta», o aluno diz «não ter nada que possa apontar à docente», admitindo falar com a professora sempre que tinha algum problema.
«Quando eu tinha algum problema, era com ela que ia falar e ela ajudou-me sempre», afirma.
Admirada pelos alunos
Samir dá um exemplo da atitude pela qual diz «admirar» a docente: «Eu mudo muito de namorada e a professora Josefina sempre me disse que isso não estava bem e que eu devia ter cuidado».
Ricardo Joel Familiar garante que «ela é a professora mais espectacular da escola».
Carlos Santos, 18 anos, também defende Josefina Rocha: «Ela é muito boa professora e sempre a ouvi dar bons conselhos ao pessoal».
Sobre a gravação da conversa os jovens dizem que «aquilo foi tudo arranjado».
Conversa provocada por alunas
Ricardo Joel Familiar assegura que «as alunas já fizeram aquilo de propósito e provocaram a conversa toda porque sabiam que estavam a gravar».
«A professora não disse nada de mais. Foi é muito provocada para chegar àquele ponto», afirma Daniel Ferreira.
Outro aluno, que preferiu não ser identificado, tem a mesma opinião, mas acrescenta: «Isto só chegou ao ponto em que está porque a nossa directora de turma nunca gostou dessa professora e, como também é directora dessa turma [em que se deram os incidentes], aproveitou para fazer disto um grande caso».
«Se tivesse sido com outra professora qualquer não tinha havido nada disto», assegura o mesmo aluno.
Rui Silva realça ainda que «ninguém tem razões de queixa da professora a não ser esse 7.º ano. E nem é a turma toda! São só as duas alunas que arranjaram este barulho todo».
Segundo estes alunos, as duas estudantes «que arranjaram este barulho todo» já teriam reclamado de Joaquina Rocha à directora de turma.
Esta colega ERROU mas já foi condenada pela Comunicação Social

Duplo Padrão - A população começa a fazer perguntas


Orgias Sexuais Indiscretas ou Como Ensinar Educação Sexual Nas Escolas

Só não percebo uma coisita, insignificante por certo, mas...
Então, no caso Freeport, não se dizia que era ilegal a utilização de gravações não autorizadas?


Em que ficamos afinal? Pode-se utilizar uma gravação áudio de parte de uma aula para suspender uma professora mas não se pode utilizar uma gravação vídeo, incriminatória, do ingº Socas para nada ?
E põe-se uma aluna menor a gravar uma aula? Edificante!
E a coisa foi tão estranha, tão estranha que não se ouvia barulho nenhum. Numa aula daquelas, no discurso daqueles, o mais natural era haver um ruído de fundo, umas gargalhadas, enfim, qualquer coisita que se parecesse com uma sala de aula de miúdos de 12 anos. Parecia que estavam todos calados para não perturbar a gravação.
E a DREN vai abrir processo à aluna que gravou o som e àqueles que o colocaram na TV, tal como fez ao aluno que publicou as imagens no caso do telemóvel?
Sem querer desculpar a "pobre" docente (pobre, porque ali há desequilíbrio), as leis não são as mesmas para todos?

E a esperta que mandou a menor gravar a aula sem autorização da professora? Não lhe acontece nada?

in "A Educação do meu Umbigo"

terça-feira, 19 de maio de 2009

CONCURSO 2009 - LISTA DE GRADUADOS 1ª PARTE

CONCURSO 2009 - LISTA DE GRADUADOS - 1ª PARTE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
DIRECÇÃO-GERAL DOS RECURSOS HUMANOS DA EDUCAÇÃO
AVISO 9730/2009
(Concurso 2009)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

José António Saraiva - Watergate ? portuguesa?


Não posso ser acusado de querer perseguir o primeiro-ministro. Ainda há três semanas elogiei a sua entrevista à SIC e não me recordo de ter escrito sobre ele algum texto hostil – do ponto de vista político ou pessoal.



No célebre caso da licenciatura defendi-o sempre, e considerei mesmo a questão «mesquinha» e «parola».



Enquanto muitos jornais (incluindo alguns considerados pró-socialistas) dedicavam sucessivas primeiras páginas ao assunto, o SOL não publicou sobre ele uma única manchete.



Conto, a propósito, um episódio _caricato.



Numa reunião com responsáveis do jornal que me questionavam pela diminuta importância que o SOL estava a dar ao tema, assumi com tal calor a defesa do primeiro-ministro que a cadeira escorregou e me estatelei no chão.



Quando me levantei, comentei para os meus colegas: «Se o Sócrates visse esta cena não acreditava».



Não posso, por isso, ser acusado de querer mal a José Sócrates ou de estar a contribuir para derrubar o seu Governo: sempre fui um convicto defensor da estabilidade política.



Só que este caso não é, como o da licenciatura, de natureza pessoal.



Este caso tem contornos muito graves, porque envolve uma decisão tomada ao nível do Estado, por um governante no exercício de funções oficiais, havendo suspeitas de que houve uma situação de favor em troca de elevadas quantias em dinheiro.



Não serei eu a acusar Sócrates: essa função cabe à Justiça, se o decidir fazer.



Até porque sou contra os julgamentos mediáticos, a que um dia chamei 'os novos julgamentos populares'.



Mas importa fazer uma reflexão serena sobre o assunto.



1. As acusações de 'perseguição política'


Os socialistas e alguns apoiantes de Sócrates, como Freitas do Amaral, e o próprio primeiro-ministro, tentam colocar a questão no terreno político, dizendo tratar-se de uma 'perseguição', de uma 'campanha negra', em ano eleitoral. Esquecem-se, apenas, de que as notícias que têm sido publicadas se reportam à investigação inglesa. O timing é o de Inglaterra. Aliás, foram os ingleses que desbloquearam o processo que estava aqui encalhando, conduzindo às recentes buscas.


Será que a Justiça inglesa quer perseguir Sócrates politicamente? Ou, pelo
contrário, era a Justiça portuguesa que estava a proteger Sócrates?


2. O encontro entre Sócrates e Smith


Sócrates afirma que apenas participou numa reunião sobre o Freeport, na qual estiveram presentes outras pessoas, como o presidente da Câmara de Alcochete e representantes do outlet. Ora, esta reunião não tem nada a ver com aquela de que falou o tio. Júlio Monteiro disse que Charles Smith marcou a reunião com a secretária de Sócrates, depois de este lhe ter dito «Mande vir esse fulano falar comigo». Ora uma reunião oficial, envolvendo o ministro, um presidente de Câmara, etc., é tratada obrigatoriamente pelo chefe de gabinete e não pela secretária. Portanto, a reunião de que Sócrates fala e o encontro de que fala o tio são duas coisas diferentes. Alguém aqui está a faltar à verdade.



3. A aprovação_do secretário de Estado


Mostrando o seu distanciamento em relação ao assunto, Sócrates alega que o licenciamento foi feito com a assinatura do secretário de Estado. Ora isto, em vez de aliviar as suspeitas, pelo contrário, adensa-as.


Num caso de tão grande importância e delicadeza – envolvendo a alteração dos limites de uma ZPE (Zona de Protecção Especial) e pondo em causa compromissos tomados com Bruxelas – como entender que o ministro tenha remetido o assunto para um secretário de Estado? Num tema envolvendo, ainda, a família real britânica, a embaixada inglesa,
um investimento de centenas de milhões de euros, não seria natural que o ministro assumisse o licenciamento? Só por má consciência pode ter fugido a fazê-lo. Para se livrar de responsabilidades se o assunto viesse – como veio – a levantar suspeitas.



4. A urgência do processo


Sócrates não deu nenhuma explicação para a anormalíssima urgência com que o projecto foi tratado. É insólito um Governo de gestão aprovar um projecto tão polémico e alterar uma ZPE a três dias de cessar funções.
Mais: na véspera do dia em que, por ordem superior, tudo teria obrigatoriamente de estar pronto (14 de Março de 2002), havia cinco documentos oficiais em falta. Pois esses documentos foram obtidos em 24 horas! Houve pareceres entrados no Ministério já depois de encerrados os serviços e despachados ainda nesse dia! Isto só se compreende pela existência de compromissos assumidos com alguém. Com quem? E porquê?



5. A alteração da ZPE


José Sócrates, Silva Pereira (na entrevista a Mário Crespo), António Vitorino (na conversa com Judite de Sousa), e outros disseram que a alteração da ZPE não teve nada a ver com o Freeport. Ora este argumento é para atrasados mentais. Por uma simplicíssima razão: numa zona protegida não seria possível construir aquele gigantesco outlet.



Para provarem o contrário, dizem que o Estudo de Impacto Ambiental e o licenciamento foram aprovados antes da entrada em vigor dos novos limites da ZPE. Isto nem deveria ser invocado, pois só prova toda a irregularidade do processo. Como se vê pelos e-mails que hoje publicamos, a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e o licenciamento feito no Conselho de Ministros de 14 de Março foram obtidos através de generosas 'luvas' (chamadas «bribery»).



Os factos apontam todos na mesma direcção.



É inegável que na aprovação do Freeport houve uma situação de favor, desrespeitando regras elementares.



Também parece certo que foram pagas elevadas 'luvas', muito provavelmente em troca desses favores.



Só falta saber quem recebeu as 'luvas'.



E aqui a situação é desfavorável a Sócrates, já pelas pessoas mais directamente envolvidas na invulgar celeridade do processo (muitas delas suas subordinadas), já pela participação neste imbróglio de familiares seus (como o tio e um primo).



Falta acrescentar que esta é a mais grave suspeição que se levantou em Portugal relativamente a um governante.



E mesmo a nível internacional uma situação destas é invulgaríssima.



Porque – note-se – não estão em causa financiamentos partidários ilegais, como os que levaram, por exemplo, à condenação de Bettino Craxi.



Está em cima da mesa uma suspeita de corrupção em benefício próprio – que, do ponto de vista moral, é devastadora.



José Sócrates tem traços de personalidade semelhantes a João Vale e Azevedo: são ambos pessoas que acreditam com tanta força em certas inverdades que as dizem com a maior convicção.



Convicção essa que, aliás, ficou patente na comunicação ao país de 5.ª-feira.



P.S. – Respondendo a perguntas sobre este tema, Paulo Portas disse que o que lhe interessa é a Educação, a Saúde, o desemprego, etc., e que sempre foi contra retirarem-se consequências políticas dos casos judiciais. Ora, como director de O Independente, Portas foi o homem que mais escândalos políticos lançou em Portugal no passado recente. E que em sucessivos editoriais defendeu a demissão dos protagonistas desses supostos escândalos. A duplicidade tem limites...



http://sol.sapo.pt/Blogs/jas/default.aspx

TODOS à Manifestação do ADEUS!


Manifestação de 30 de Maio: a oportunidade de TODOS os professores (se) despedirem (d)a equipa ministerial mais prepotente e incompetente de sempre

Esta é a Manifestação de TODOS os educadores e professores que, independentemente de terem ou não entregue os objectivos individuais, persistem em dar nota pública do seu descontentamento e indignação perante uma equipa ministerial política e tecnicamente incompetente.

Esta é a Manifestação de TODOS os educadores e professores que, ao longo de uma legislatura, falhada na área da Educação, se sentiram:


ofendidos na sua dignidade profissional;

insultados na sua honra (desde "ratos" a "cobardes", valeu tudo para enxovalhar os professores);

divididos em professores de primeira e de segunda, sem critério e sem justiça;

empurrados para reformas antecipadas penalizadoras, sem um gesto de agradecimento por parte da tutela;

privados do direito a uma avaliação séria, credível e justa (uma legislatura completa sem avaliação nas componentes científica e pedagógica - algo nunca visto);

pressionados e ameaçados pela tutela e por pequenos tiranetes, destituídos de ética e de "espinha";

futuros joguetes de guerras partidárias que vão começar a introduzir-se nas escolas, abrindo espaço a prepotências e arrivismos pessoais (veja-se o caso recente de Fafe);

privados da frequência de formação contínua (destruída por este Governo).